O Ministério Público de São Paulo investiga um esquema de fraude bancária que movimentou R$ 25 milhões em um único mês, entre janeiro e fevereiro de 2021. A ação explorava uma falha no sistema de um banco digital, permitindo transferências mesmo sem saldo disponível.
Segundo o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), a fraude foi iniciada por duas famílias de Monte Azul Paulista, que identificaram a vulnerabilidade e passaram a realizar centenas de transferências entre si. Ao todo, foram registradas 414 operações envolvendo 32 pessoas físicas e duas empresas, a maioria feita por volta das 23h, horário em que o sistema apresentava a falha.
Nesta terça-feira (15), o empresário Tiago Donizete Barbosa, de 41 anos, foi preso em Bebedouro, suspeito de participação no esquema. A operação também cumpriu 17 mandados de busca em cidades do interior paulista, como Barretos, Pitangueiras e Catanduva. A defesa de Tiago Barbosa informou que aguarda a decisão da Justiça sobre o pedido de revogação da prisão.
As investigações indicam que pelo menos 40 pessoas integravam a quadrilha, que usava identidades falsas e contas de laranjas para movimentar os valores. Um dos endereços investigados, em Monte Azul, funcionava como salão de beleza e armazenava documentos falsificados.
Em nota, o Banco Inter afirmou que o caso foi isolado, não causou prejuízos a clientes e que investe constantemente em segurança digital. O MP apura agora o papel de cada suspeito no esquema.