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Definida data do Júri Popular de Brenda Xavier

Brenda Caroline Pereira Xavier está presa preventivamente desde 4 de março e deve ser submetida a Júri Popular em 20 de outubro (Foto: Alfredo Risk)

Por: Adalberto Luque

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) definiu a data do Júri Popular que vai determinar se a fotógrafa Brenda Caroline Pereira Xavier, de 29 anos, é culpada ou inocente da morte de seu namorado, o corretor de imóveis Carlos Felipe Camargo da Silva. Eles estavam juntos havia sete meses, quando o crime ocorreu.

O crime ocorreu no dia 3 de março de 2024, no Ribeirão Verde, bairro da zona Leste da cidade. Ela deve responder por homicídio triplamente qualificado e fraude processual, por ter alterado a cena do crime.

Existe a expectativa que a sentença seja conhecida em até dois dias, mas pode durar mais ou menos dias, dependendo do número de testemunhas arroladas por defesa e acusação. A reportagem do Tribuna Ribeirão encaminhou solicitação ao advogado de defesa da ré, Alexandre Durante, mas não recebeu retorno até a publicação do texto. Caso haja, haverá atualização.

Entenda o caso

O corretor de imóveis Carlos Felipe Camargo da Silva, de 29 anos, foi atingido por oito golpes de faca entre a cintura e o pescoço, segundo laudo oficial.

Chegou a ser socorrido, mas não resistiu. Brenda Caroline está presa desde 4 de abril, quando se apresentou à Polícia Civil acompanhada do advogado A prisão preventiva foi decretada no dia 3 de abril pelo juiz José Roberto Bernardi Liberal, da 2ª Vara Criminal de Ribeirão Preto,

Carlos Felipe foi morto por nove facadas (Foto: Redes Sociais)

Foi detida por quatro motivos: comportamento agressivo comprovado durante a investigação; alteração da cena crime – limpou a casa onde o casal morava e local do crime –, “excesso doloso” no número de facadas desferidas – a ré diz que foram três, laudo apontou nove, descartando a legítima defesa – e possibilidade de fuga, já que ela não se apresentou logo após o crime.

Alexandre Durante, advogado de Brenda Caroline Xavier, alega que a acusada sofreu constrangimento ilegal com a prisão e era vítima constante de violência doméstica, inclusive sofrendo fratura no nariz e na costela no dia da morte de Carlos Felipe Camargo da Silva. Também alega que sua cliente é ré primária, possui domicílio, emprego e compareceu espontaneamente à delegacia

O desembargador Klaus Marouelli Arroyo, da 7ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo, já negou habeas corpus a Brenda Caroline. O magistrado entende que faltavam elementos para a concessão da liminar. Ao negar o pedido da defesa, contudo, encaminhou o recurso para análise do Órgão Especial do TJSP.

Família do corretor de imóveis diz que relacionamento era conturbado; casal estava junto havia sete meses (Foto: Redes Sociais)

O delegado Rodolfo Latif Sebba disse que, além do número excessivo de facadas, a Polícia Civil também considerou as regiões do corpo da vítima onde os golpes foram desferidos. José Roberto Bernardi Liberal acatou o pedido feito pela Polícia Civil e endossado pelo promotor Marcus Túlio Nicolino.

Rodolfo Latif Sebba indiciou a acusada por homicídio. O Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou a suspeita por homicídio doloso triplamente qualificado por motivo fútil, premeditação e sem dar chance de defesa à vítima. Em depoimento, a vendedora admitiu ter matado o namorado em legítima defesa.

O delegado já havia descartado essa tese. A família de Silva questionava o desaparecimento do celular, da carteira e do notebook do rapaz e, nove dias depois do crime, dois dos três pertences foram entregues à polícia. O material passou por perícia.

Segundo informações, a família de Brenda Caroline Pereira Xavier encontrou a carteira e o celular na casa onde ocorreu o homicídio. O computador não foi localizado. O celular de Brenda Caroline passará por nova perícia. Seguindo a Polícia Civil, mensagens foram apagadas após o crime.

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