Segundo as estatísticas criminais divulgadas pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP/SP), as ocorrências envolvendo denúncias de estupro, em Ribeirão Preto, cresceram 23,08% em janeiro deste ano na comparação com o mesmo período de 2024, de 13 para 16. São três a mais, um a cada 46 horas. O cenário é o mesmo em relação a dezembro.
Dos estupros registrados no primeiro mês deste ano, 13 envolvem crianças ou adolescentes, que estão nos grupo dos “vulneráveis”, 81,25% do total. Os 25 casos de janeiro de 2023 passado representam o maior número desde que a pesquisa passou a ser divulgada, em 2001.
Balanço anual – Segundo a Segurança Pública do Estado de São Paulo, as ocorrências envolvendo denúncias de estupro recuaram 7,81% no ano passado em Ribeirão Preto em relação a 2023, de 192 para 177. São 15 casos a menos. A média em 2024 foi de uma denúncia a cada 49 horas (cerca de dois dias)
O recorde da série histórica, que começou em 2021, pertence a 2023. O de 2024 é o segundo com mais casos. Os dois anos com menor quantidade e denúncias são 2005 e 2007, com 39 cada. Foram 13 ocorrências em janeiro, mais 13 em fevereiro, 15 em março, seis em abril, 13 em maio, 19 em junho, 18 em julho, 21 em agosto, 14 em setembro, 21 em outubro, 16 em novembro e 13 em dezembro.
Os meses com mais casos no ano passado foram agosto e outubro, segundo maior número de denúncias da série histórica, atrás das 25 de janeiro de 2023 Dos estupros registrados no ano passado, 117 envolveram crianças ou adolescentes, que estão nos grupo dos “vulneráveis”, 66,10% do total. Os 192 casos de 2023 superaram em 36,17% os 141 de 2022. São 51. A maioria das denúncias foi registrada na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM).
Dos 192 ataques consumados em 2023, em Ribeirão Preto, 135 envolveram crianças ou adolescentes, que estão nos grupo dos “vulneráveis”, 70,31% do total. A média em 2023 ficou em um crime a cada 45 horas. A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo diz que os casos de estupro podem ser denunciados na DDM.
O crime de estupro é o que tem o mais alto índice de subnotificação. De acordo com especialistas no tema, o número real de casos pode ser até quatro vezes maior do que o registrado atualmente, já que grande parte dos crimes acontece no ambiente familiar, que dificulta o flagrante e as denúncias.