As vendas do comércio varejista de Ribeirão Preto tiveram redução média de 2% em janeiro na comparação com o mesmo período de 2023, quando a alta foi de 7,3%. Subiu 4% em dezembro, interrompendo uma sequência de duas quedas seguidas, de 1% em novembro e 3,5% em outubro. Avançou 0,5% em setembro e agosto e 1,5% em julho, após três baixas consecutivas.
O levantamento é do Centro de Pesquisas do Varejo (CPV), mantido por Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão e Região (Sincovarp) e Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL RP). O setor fechou o ano passado com crescimento de 6,54%, ante alta de apenas 0,72% em 2023 e ganho de 5,01% em 2022.
No primeiro semestre de 2024, os negócios desaceleraram a 3,1% em fevereiro, encerraram março com alta tímida de 1,5% e emplacaram a primeira queda do ano em abril, de 2%. Depois recuaram 3,5% em maio e fecharam junho no vermelho, com déficit de 1%.
“O setor lojista tinha expectativa positiva para janeiro, até como um reflexo do bom resultado de dezembro de 2024, no entanto, as notícias sobre a deterioração do cenário macroeconômico impactaram diretamente nas vendas”, diz Diego Galli Alberto, pesquisador e coordenador do CPV.
“A inflação fechou o ano acima da meta (com viés de alta para 2025), a taxa de juros voltou a subir, o crédito ficou mais caro e o poder de compra do consumidor diminuiu. As pessoas ficaram mais cautelosas de olho, também, nas tradicionais despesas de início de ano”, analisa.
Ainda segundo Galli, “o recuo das vendas só não foi maior por causa da flexibilização do funcionamento de corredores de ônibus que trouxe de volta a liberação de estacionamento rotativo, entre horários de pico, em vias comerciais importantes da cidade”, emenda.
“É importante lembrar que as obras de corredores de ônibus, revitalização e restauro, da avenida Nove de Julho, bem como as de galerias pluviais no centro, também continuaram a prejudicar o comércio varejista em janeiro de 2025, com ritmo abaixo do esperado”, observa.
Índice de Confiança – Considerando o futuro dos negócios nos próximos três meses (no curto prazo) em uma escala que vai de 1 a 5 pontos, em que 1 significa “muito pessimista” e 5 “muito otimista”, o Índice de Confiança do Varejo Sincovarp/CDL RP, em janeiro, registrou 2,1 pontos (ante 2,5 pontos na pesquisa anterior).
É considerado de pessimista para regular. Com base na mesma escala, o nível médio de confiança para o longo prazo (considerando os próximos 12 meses), em janeiro, ficou em 2,9 pontos (ante 2,7 pontos na pesquisa anterior). Considerado de regular para otimista. De acordo com Galli, não será um ano fácil para o varejo.