O Brasil fechou o ano passado com mais de 6,6 milhões de casos de dengue e deve superar a marca de 6.200 mortes em decorrência da doença. Segundo dados do painel do Ministério da Saúde, são 6.610.748 contágios e 6.199 óbitos. Outros 523 ainda estão em investigação. O coeficiente de incidência no país foi de 3.109,7 para cada grupo de 100 mil habitantes – acima de 300 já é epidemia.
A taxa de letalidade foi de 0,09 no geral e de 5,86 em casos graves, a pior epidemia da história. O número de casos registrados em 2024 também é o maior da série histórica. Supera em 298,52% os 1.658.816 de todo o ano passado, 4.951.932 a mais. Ainda de acordo com a plataforma, o país superou a marca de 285 mil casos e 100 óbitos neste início de 2025. Segundo dados atualizados nesta quinta-feira, 13 de fevereiro, já são 287.351 ocorrências.
São 109 mortes confirmadas e 300 estão em investigação. Com as 523 do ano passado, o total de óbitos sob suspeita chega a 823. O coeficiente de incidência no país, neste momento, é de 135,2 para cada grupo de 100 mil habitantes. A taxa de letalidade é 0,04 e de 3,27 em casos graves. Dos prováveis casos de dengue, os homens representam 55% das vítimas do Aedes aegypti e as mulheres, 45% em 2025.
No Estado de São Paulo, são quase 170 mil casos prováveis de dengue. Chegou a 168.185. Oitenta e sete “paulistas” morreram vítimas do Aedes aegypti, segundo do painel do Ministério da Saúde atualizados ontem. São 1.849 pacientes em estado grave e com sinais de alerta. Oitenta por cento dos criadouros do mosquito estão dentro das casas.
Como se trata de casos prováveis, alguns foram descartados pelo Ministério da Saúde. Em 2024, superou a estimativa da pasta, que previa cerca de 4,2 milhões de ocorrências no país. No ano passado quebrou o recorde de óbitos de 2023 em decorrência da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, de 1.079, o maior da série histórica iniciada em 2000.
São 5.120 a mais, alta de 474,51%. Entre os casos prováveis, 55% são de mulheres e 45% de homens. O Estado de São Paulo superou 2,1 milhões de casos de dengue em 2024 e ultrapassou a barreira de 2.100 mortes em decorrência da doença. São 2.178.759 contágios e 2.169 óbitos..
Ribeirão Preto – No ano passado, Ribeirão Preto registrou a maior epidemia de dengue da história. Foram 44.712 casos de dengue, maior volume da história da cidade, além de 263 mortes, o número mais elevado de óbitos.
Em 2025, já são 1.894, além de 6.440 sob investigação.
Uma morte foi confirmada, de uma idosa, e três também estão sendo apuradas. Desde 2016 já são 50 casos fatais. O sorotipo 3 da dengue (DENV-3) já foi constatado em Ribeirão Preto este ano, segundo informações da Secretaria de Estado da Saúde (SES-SP).
Na tarde desta quinta-feira, representantes das secretarias municipais de Saúde, Infraestrutura, Meio Ambiente, Justiça e do Departamento de Fiscalização Geral de Ribeirão Preto se reuniram para discutir ações de intensificação no combate ao mosquito Aedes aegypti.
O encontro teve como objetivo promover um debate intersecretarial em busca de soluções eficazes para o problema do lixo e do descarte irregular. “O município vive o início de uma epidemia de dengue e é fundamental que as secretarias unam esforços para combater a proliferação do mosquito”, ressaltou o secretário de saúde, Maurício Godinho.
Durante a reunião, foram discutidas medidas de prevenção e controle, que serão intensificadas até maio, período em que se espera o início da estiagem. “A luta contra o descarte irregular de lixo está diretamente ligada ao combate à dengue, pois muitos resíduos acumulam água, favorecendo a proliferação do mosquito”, disse a secretária de infraestrutura, Juliana Ogawa.
“ Esse é um desafio que envolve todas as secretarias, e, por isso, vamos trabalhar de forma integrada: a Secretaria de Infraestrutura cuidará da remoção de resíduos e zeladoria, enquanto a Fiscalização e o Meio Ambiente atuarão na autuação de quem comete esse crime ambiental”, afirmou