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Cesta básica registra queda em RP

  Preço da cesta básica de alimentos essenciais recuou 1,98% em janeiro e interrompeu sequência de quatro aumentos seguidos

O preço do tomate italiano avançou 7,35% em janeiro (Freepick)

Após uma sequência de quatro altas seguidas, de 8,06% em setembro, 5,68% em outubro, 1,92% em novembro e 2,03% em dezembro, o preço da cesta básica de alimentos essenciais recuou 1,98% neste mês de janeiro, em Ribeirão Preto. Caiu de R$ 739,25 no final de 2024 valor recorde da série histórica, que começou em maio de 2023 para R$ 724,61, desconto de R$ 14,64. 
 
O levantamento mensal é do Instituto de Economia Maurílio Biagi (IEMB) da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp). Em comparação com o mesmo mês do ano passado, quando o pacote com 13 alimentos essenciais custava R$ 712,18, a alta chega a 1,74%, acréscimo de R$ 12,43. Em doze meses, sobe 7,02%.  
 
Ano passado Encerrou 2024 com inflação acumulada de 15,3% o aumento de 2,03% e dezembro foi o percentual mais elevado do período. Era de 13,07% até novembro. A deflação só não foi maior neste mês porque o café em pó subiu 12,35%. A recente alta no mercado global é atribuída a fatores climáticos adversos que impactaram a produção, especialmente no Brasil, maior exportador mundial da commodity.  
 
“A ocorrência de secas prolongadas e geadas severas nas principais regiões produtoras comprometeu o desenvolvimento das lavouras, resultando em menor produtividade e perda de qualidade dos grãos. Esses eventos reduziram a oferta disponível e elevaram os custos, pressionando as cotações internacionais”, explica Ribeiro.  
 
Tomate – O tomate italiano avançou 7,35%, reflexo da combinação de alta do dólar e condições climáticas adversas. Devido ao período de secas de 2024, a produção caiu nas lavouras, bem como a qualidade daqueles produtos que eram colhidos, contribuindo para a diminuição da oferta do alimento. Devido à valorização do dólar, o preço de insumos agrícolas cresceu, encarecendo assim os custos.  
 
Contudo, com a aproximação do período de safra, espera-se que o preço do produto caia nos próximos meses. A pesquisa também constatou alta nos preços do arroz (6,09%), farinha de trigo (5,39%), margarina com sal (4,43%), leite longa vida (2,06%), açúcar cristal (1,59%) e banana nanica (0,92%). 
 
Batata – A batata inglesa apresentou a maior queda, de 20,12%, e foi a principal responsável pela deflação em janeiro, reflexo do crescimento da oferta do produto pelo período de colheitas. A carne, maior vilã do segundo semestre do ano passado, também apresentou variação negativa: recuou 5,06%. Ainda caíram os preços do pão francês (-2,59%), feijão carioca (-0,73%) e óleo de soja (-0,37%).  
 
“Nesse contexto, apesar da queda nos preços da cesta de alimentação mensal chegar a 1,98% em janeiro deste ano, alguns alimentos, como o café em pó e o tomate italiano, apresentaram elevadas taxas de inflação”, avalia Lucas Ribeiro, analista do IEMB-Acirp.  
 
O estudo aponta ainda que da região com menor custo (R$ 650,62) para a mais cara (R$ 788,14), o consumidor pode chegar a gastar até R$ 137,52 a mais pela compra dos mesmos 13 itens básicos. A variação chega a 21,14%, segundo a pesquisa do IMEB-Acirp. 
 
A cesta havia apresentado quedas de 0,55% em junho, de 7,7% em julho e de 1,8% em agosto. Antes, o preço do kit na cidade registrou dois meses seguidos de deflação, de 3,34% em março e 1,59% em abril, depois avançou 3,33% em maio. Subiu 3,89% em janeiro e 3,95% em fevereiro, quando o preço do pacote de itens essenciais superou a barreira de R$ 700 pela primeira vez desde o início da série histórica.  
 
Os dados do Índice Mensal de Cesta Básica foram divulgados nesta terça-feira, 28 de janeiro. Os analistas da Acirp percorreram 14 estabelecimentos no dia 22: dez supermercados e hipermercados e quatro panificadoras distribuídas entre as cinco regiões da cidade. O levantamento não tem caráter fiscalizador.  
 
O grupo alimentar que mais pesa sobre as despesas do ribeirão-pretano, com 43,7% do valor total da cesta, é o da carne. Frutas e legumes absorvem 22% do orçamento, seguidos dos farináceos (21,19%), laticínios (6,15%), leguminosas (3,45%), cereais (2,54%) e óleos (0,96%). 
 
Em relação ao poder de compra, considerando uma remuneração de R$ 1.518 (salário mínimo), deduzidos 7,52% de descontos da Previdência Social, tem-se que o piso líquido é na ordem de R$ 1.403,85, de tal modo que um trabalhador de média idade comprometeria cerca de 51,62% de sua renda apenas com gastos alimentares em outubro. 
 
A alta foi de cinco pontos percentuais em um mês era de 46,62% em dezembro. Em carga horária, equivale a trabalhar 113,55 horas das 220 previstas na jornada do assalariado só para comprar comida, onze horas a mais do que em dezembro era de 102,55 horas no mês anterior. O reajuste de 7,51%do salário-mínimo ajudou a minimizar o impacto, apesar de que o novo valor só será creditado na conta do trabalhador em fevereiro. 
 

Região Central tem  a cesta mais cara
 
A região Central tem o kit mensal básico de alimentos mais caro da cidade, com valor de R$ 788,14 chegou a R$ 837,04 em outubro. Porém, houve retração de 0,85% em relação a dezembro (R$ 794,84). Caíram os preços da batata inglesa (-41,72%), arroz branco (-16,74%), do óleo de soja (-16,02%), do feijão carioca (-13,48%) e da alcatra (-4,66%). O principal aumento veio da banana nanica (44,21%).  
 
A Zona Norte de Ribeirão Preto tem o kit dos alimentos têm o menor valor do mês, de R$ 650,62, queda de 4,85% em relação a dezembro. O preço da banana nanica caiu 51,61%. Apesar da retração, a região registrou aumentos significativos: o arroz branco subiu 18% e a batata inglesa avançou 14,44%. Café em pó (6,92%), tomate italiano (6,01%) e açúcar cristal (7,18%) tambpém estão mais caros 
 
A Zona Sul registrou a maior queda em janeiro, de 5,29% em relação ao mês anterior. A cesta básica na região custa R$ 756,61. Os preços de onze dos 13 produtos pesquisados recuaram na área mais nobre da cidade, com destaque para a batata inglesa (-22,48%), óleo se soja (-10,15%), açúcar cristal (-20,31%), leite longa vida (-14,32%) e café em pó (8,18%). O arroz subiu 3,38%.  
 
Na Zona Leste, o preço da cesta básica é de R$ 732,27 em janeiro, queda de 2,10% em comparação com dezembro. Feijão carioca (-28,62%), batata inglesa (-40,13%), alcatra (-10,12%) e arroz branco (-4,57%) recuaram, mas café em pó (55,03%), banana nanica (55,70%) e tomate italiano (5,70%) avançaram no período. 
 
Na Zona Oeste, o preço da cesta básica com 13 alimentos subiu 7,10% em relação a dezembro, chegando a R$ 746,23 em janeiro. A inflação na região foi puxada pela alta nos preços do tomate italiano (36,81%), leite longa vida (28,,49%), feijão carioca (32,72%), arroz branco (25,16%), açúcar cristal (32,58%) e óleo de soja (21,,98%). A alcatra recuou 5,08% e batata inglesa caiu 13,41% 
 

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