Tribuna Ribeirão
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A Transição Planetária – Libertação da Mente 

Cleison Scott *
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Absolutamente “Tudo e Todos” são constituídos de uma mesma Energia!A Mente Humana habituada, acabou condicionada a racionar em termos materiais, o que a leva ter dificuldades em apreender a fractabilidade e holismo universais, insistindo na separatividade. Nossa dificuldade aumenta quando analisamos a Mente. Muito recentemente, através do trabalho do Dr. Stefano Mancuso, a ciência confirmou que a “inteligência”, com a qual todo ser vivo é dotado, não tem uma localização física, mas, permeia todo o organismo que habita, enquadrando o cérebro em seu devido lugar, o que, absolutamente lhe diminui a importância, uma vez que é a preciosa ferramenta para garantir nossa interação com o mundo exterior.

Com experiências em laboratório e no campo, o Dr. Mancuso constatou que a mente das plantas, se espalha por cada “Planck” de sua constituição. Suas raízes avançam quilômetros em busca do necessário à sua sobrevivência e para conseguir o que quer, tem que executar tarefas que só um organismo inteligente, e que tem Consciência de si mesmo, poderia fazê-lo. Independente da distância que se encontra de seu núcleo, a raiz tem que tomar decisões por si mesma, que serão determinantes para a sobrevivência e crescimento do conjunto.

Sem querer me aventurar em seara que ignoro, pode ser que a descoberta do Dr. Mancuso explique mais facilmente por que sentimos cada dor no órgão atingido e não no cérebro, sempre considerado como central dos sentidos. Isso também confirma a opinião de muitos de que, é uma perda tempo e esforço, conservar a massa encefálica de Einstein nos laboratórios de Princeton, para quem sabe um dia, se descobrir o porquê ele tinha uma inteligência diferenciada. De maneira alguma devemos menosprezar nosso corpo físico, pois ele cumpre funções importantes em nossa evolução. Assim como desprezá-lo é um erro, endeusá-lo também o é. 

Para avançarmos temos que reeducar nossa Mente. Einstein afirmou que a mente que adquire um novo conhecimento cresce e nunca mais volta a ser a mesma.

Aldoux Huxley e George Orwell, dois ficcionistas entre os maiores do mundo, idealizaram duas distopias para retratar sociedades humanas cerceadas e dominadas por um poder central para serem exploradas (O Admirável Mundo Novo e 1984). Embora usem técnicas diferentes, o objetivo dos que dominam é o mesmo, buscar emburrecer as pessoas, para torná-las dóceis pela ignorância. Seja pela força, ou sutilmente o ser humano tem de renunciar seu direito a raciocinar por si mesmo.

Por isso, um ponto que os ditadores, coíbem ou frontalmente atacam, são os livros. Na distopia Fahrenheit 451 de Ray Bradbury, a sociedade é, não só proibida de ler, mas, a principal função do corpo de bombeiros não é combater incêndios, e sim, queimar livros – qualquer livro – que são proibidos. (Fahrenheit 451 é a temperara em que o papel pega fogo)A leitura de livros são a melhor maneira de expandir conhecimentos e aprender a identificar seus verdadeiros interesses dentre tudo o que lhe é apresentado. Orwell é enfático: “Não é fazendo ouvir a nossa voz, mas permanecendo sãos de mente, que manteremos nossa herança humana”.

A despeito de Huxley não ter sintetizado seu pensamento numa frase como Orwell, seu trabalho é eivado de alertas quanto ao perigo de se deixar prender a Mente em objetivos que não são o seu maior e melhor interesse. Ele afirma que quando se é acusado de um crime, durante o julgamento é possível solicitar um “Habeas corpus”. “Habeas mente não existe! Se a mente estiver presa, não importa se o corpo está em liberdade.

Um ponto que ele aborda diretamente é a questão da propaganda, a despeito de na época (1931) ela ser um gatinho, perto do monstro devorador que se tornou.

“Sob o sistema da livre concorrência, a propaganda comercial por todos e quaisquer meios é absolutamente indispensável. Mas o indispensável não é necessariamente o desejável. O que é bom na esfera da economia pode estar muito longe de ser bom para os homens e mulheres como eleitores ou até como seres humanos”.

Em 1959 ele escreveu um novo livro “Brave New World Revisited”, onde revisita o tema; “Sociedade castrada” com o objetivo de alertar sobre o fato de que, com o aprofundamento dos conhecimentos da psicologia, condicionar pessoas fica cada vez mais fácil e eficaz. Com a disseminação da televisão em escala planetária, viramos uma aldeia Global, que pode ser conduzida sem muita dificuldade. A própria sociedade condicionada se encarrega de desmoralizar eventuais rebeldes que resistem aceitar o fato, classificando-os com inúmeros adjetivos depreciativos.

As distopias têm alguns pontos em comum como por exemplo o rigor da divisão em castas e a proibição do acesso a livros; a primeira ajuda a organizar e comandar grandes populações, a segunda a mantê-la ignorando sua própria condição. 

* Administrador de empresas com especialização em Marketing 

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