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Obra de ponte do Royal Park atrasa em RP  

Em outubro, a Secretaria de Infraestrutura afirmou que a nova ponte do Royal Park seria concluída em dezembro; “esqueleto” já une as duas margens de córrego (Alfredo Risk)  

A reconstrução da ponte sobre o ribeirão Preto, na avenida Ubirajara de Souza Roxo, na Zona Sul de Ribeirão Preto, ainda não terminou. A via liga a Rodovia José Fregonesi (SP-328) ao Condomínio Royal Park e ao distrito de Bonfim Paulista. Os trabalhos começaram no final de maio com a demolição do antigo equipamento.  
 
Na época, a administração municipal chegou a anunciar que entregaria a nova ponte em no máximo quatro meses, entre setembro e outubro. Entretanto, no dia 3 de outubro, a Secretaria de Infraestrutura afirmou que os serviços seriam finalizados em dezembro do ano passado. O mês terminou e o equipamento ainda está em construção. Não deve terminar em janeiro. 
 
A ponte, no entanto, já ganhou forma e agora une as duas margens do córrego, bem diferente do cenário de dezembro, quando nem o “esqueleto” do equipamento havia sido construído. O Tribuna questionou a nova administração municipal, que herdou a obra do governo anterior, mas não obteve retorno.  
 
Pedestres reclamam que estão dividindo com os veículos a pista liberada, que passou a ter mão dupla de direção após a interdição. Dizem que o trecho ficou mais perigoso porque não tem calçada, nem local seguro para as pessoas que descem a pé para pegar o ônibus na rodovia. 
 
Em dezembro, a Secretaria Municipal de Obras Públicas  informou ao Tribuna que a empresa ASF Engenharia e Negócios Ltda. segue trabalhando normalmente.  Todas as estacas (100%) já foram instaladas na cabeceira da ponte. O bloco de coroamento já foi executado e falta o aterro das cabeceiras e do tabuleiro e a pavimentação. 
 
O preço da obra sofreu novo reajuste em novembro, o segundo desde a assinatura do contrato. A ASF Engenharia e Negócios venceu a licitação ao apresentar a proposta de R$ 1.239.794,62, a ponte teve o primeiro aditamento em 4 de setembro deste ano, no valor de R$ 166.978,32, saltando para R$ 1.406.772,94, alta de 13,47%.  
 
O segundo aditamento foi de R$ 90.041,58, aumento de 6,40% em relação ao preço cobrado pela construtora até setembro, custando agora R$ 1.496.814,53.  
O valor atual é 20,73% superior ao de maio, quando o contrato foi assinado, acréscimo de R$ 257.019,91.  
 
Porém, ainda é 37,35% inferior ao previsto no edital de licitação, de R$ 2.389.079,54. São 892.265,01 a menos. Quando a ordem de serviço foi expedida, a prefeitura divulgou que a economia havia sido de 48,11%, desconto de R$ 1.149.284,92. 
 
Estudos técnicos no local demonstraram que os danos causados pelas chuvas exigiram profunda reforma estrutural. Houve infiltração nas laterais e, ao abrir para consertar os danos provocados pelas erosões, os técnicos descobriram uma trinca. A ponte foi interditada em abril do ano passado.  
 
A prefeitura diz que a empresa encontrou uma rocha no terreno, exigindo adequações nas estruturas das estacas de concreto. Essa interferência técnica motivou readequações no projeto original e emprego de máquinas apropriadas. A situação causa transtornos a moradores e motoristas.  
 
A ponte paralela, que tinha mão única, agora tem sentido duplo de direção. As falhas foram causadas pelas fortes chuvas que atingiram Ribeirão Preto entre o final de 2022 e o começo do ano passado. A nova ponte está sendo construída no mesmo local da antiga. 
 
Contará com novo sistema de captação de águas pluviais e um canal de concreto armado ligando as duas pontes, para conter a erosão. Terá vigas pré-moldadas e um vão com 12,6 metros de comprimento e 12 metros de largura, com volume total de 170m³ de concreto.  
 
Terá duas faixas de rolamento de 4,775 metros e duas barreiras rígidas de 0,40m. Uma das pistas está interditada desde o final de 2022. A prefeitura chegou a divulgar, por meio da Secretaria Municipal de Obras Públicas, que a recuperação da ponte levaria seis meses contados a partir da data de interdição.  
 
O projeto executivo da obra foi realizado pelo governo Duarte Nogueira (PSDB) em agosto de 2023, quando foi emitida a ordem de serviço para a empresa Engemost, vencedora da concorrência pública. No mesmo anoEm 2023, dois randes eventos foram realizados na região, mesmo com a ponte interditada, e muita gente reclamou de lentidão no tráfego na via alternativa. 
 

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