A ceia de Natal dos brasileiros será mais salgada neste ano, segundo levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base nas informações do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A pesquisa mostra que a inflação de itens como batata, azeite, arroz e alho, ao longo de 2024, são as maiores responsáveis pelo encarecimento de 9,54%, em comparação com o fim do ano passado, da cesta de alimentos que integra o jantar natalino. É uma taxa acima até mesmo da inflação geral do país, que, no acumulado dos últimos doze meses até novembro, ficou em 4,87%.
A orientação da federação aos consumidores é tentar fazer as compras nos dias de promoções, uma estratégia comum dos estabelecimentos nesta época do ano. Itens de hortifrúti ou de açougue, por exemplo, entram nessa possibilidade.
Outra dica é aproveitar ofertas disponíveis em aplicativos, principalmente sobre não perecíveis. Além dos descontos, ainda há uma economia relativa de deslocamento. Uma terceira forma de economizar é fazer os pagamentos das compras pelo Pix, modalidade que ainda permite barganhar alguns preços ou pedir descontos.
Batata salgada – A batata-inglesa será, de longe, o item mais caro da ceia de Natal dos brasileiros, uma vez que subiu 30,82% em um ano, segundo levantamento da FecomercioSP. Na sequência, o preço do azeite de oliva – fundamental para boa parte das receitas dessa época – ficou 28,58% maior.
Como a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo já apontou em outras pesquisas, essa elevação se explica, sobretudo, por fenômenos naturais envolvendo as plantações de azeitona. Outros “vilões” da cesta são o leite (alta de 21,78%), o arroz (19,58%) e o alho (19,48%).
O levantamento não inclui a variação de dois itens essenciais no jantar do dia 24: o tender e o peru, pois não são mensurados individualmente pelo IBGE. No entanto, é possível se basear no preço das carnes em geral, que subiu 11,44% em um ano, para medir a inflação de ambos.
Isso fica ainda mais evidente notando que os pescados tiveram uma elevação de preços bem mais sutil, de apenas 1,32%. Os dados ainda destacam que, embora em menor quantidade, alguns produtos ficaram mais baratos nesse ínterim, como a cenoura (-26,08%), o tomate (-25,15%) e a cebola (-6,66%).
Segundo a FecomercioSP, embora não revertam os custos mais altos da ceia, são produtos que podem ser aproveitados pelos consumidores. Além das orientações já apontadas, a FecomercioSP ainda indica uma quarta possibilidade aos consumidores.
Antecipe as compras, porque o consumo desses itens se aquece à medida que as festas de fim de ano se aproximam – e, por isso, os produtos vão ficando mais raros (e caros) nas gôndolas. Quem tiver a oportunidade de ir ao supermercado agora, principalmente no caso de alimentos não perecíveis, pode encontrar bons negócios.