Ribeirão Preto enfrenta mais uma epidemia de dengue. Nesta quarta-feira, 27 de novembro, a Secretaria Municipal da Saúde atualizou os dados de casos confirmados este ano. A cidade superou 42.600 vítimas do mosquito Aedes aegypti – vetor da doença, do zika vírus e da febre chikungunya.
São 42.660 ocorrências este ano, maior volume da história da cidade, superando em 21,74% o recorde de 35.043 registrado em 2016. São 7.617 a mais em menos de onze meses, além de 62.026 sob investigação. Também já soma 30.358 a mais que as 12.302 de 2023, aumento de 246,77%.
O número de casos começou a cair no inverno – época de baixa umidade relativa do ar e estiagem –, mas a tendência é de aumento a partir de novembro por causa das chuvas. A população não pode baixar a guarda. Ribeirão Preto já registrou 21 mortes em decorrência de dengue em 2024.
Há dez em investigação. São duas em janeiro, seis em fevereiro, duas em março, uma em abril, cinco em maio e quatro em junho e uma em agosto, segundo a Secretaria Municipal da Saúde. Em menos de oito anos já são 44 óbitos. Em cerca de onze meses, a cidade já superou em 133,33% o número de mortes no ano passado – foram nove óbitos em 2023.
Em relação aos 11.488 casos de dengue dos primeiros onze meses do ano passado, já são 31.172 a mais em 2024, avanço de 271,34% em apenas 331 dias de 2024. Os dados são atualizados semanalmente, com possibilidade de alterações pontuais
Ribeirão Preto fechou o ano passado com 12.302 casos de dengue (dado revisado), 4.820 a mais que os 7.482 do período anterior, crescimento de 64,42%. A média diária em 2023 ficou em 34. Em pouco mais de 14 anos, a cidade já registrou 203.525 casos de dengue. Há 275 ocorrências de febre chikungunya em 2024, mas o número de importadas caiu de 19 para sete. No ano passado, foram 121, sendo 107 autóctones.
Faixa etária – No ano passado, das 12.302 vítimas, 4.454 pessoas têm entre 20 e 39, outras 3.033 estão na faixa dos 40 a 59 anos, 2.029 estão entre 10 e 19 anos, 1.455 têm mais 60 anos, 949 são crianças de 5 a 9 anos, 321 têm entre 1 e 4 anos e 61 são bebês com menos de 1 ano de idade. São 3.906 casos na Zona Leste, 2.896 na Oeste, 2.115 na Norte, 1.924 na Sul e 1.461 na Central.
Neste ano, 15.649 têm entre 20 e 39, outras 10.418 estão na faixa dos 40 a 59 anos, 6.834 estão entre 10 e 19 anos, 5.192 têm mais 60 anos, 2.993 são crianças de 5 a 9 anos, 1.303 têm entre 1 e 4 anos e 271 são bebês com menos de 1 ano de idade. São 12.390 casos na Zona Leste, 10.459 na Oeste, 8.541 na Norte, 6.232 na Sul e 5.018 na Central, além de 20 ainda sem identificação de distrito.
Entre 70% e 80% criadouros do mosquito estão dentro das casas. A maioria está em vasos, pneus e ralos. Somente nos mutirões do ano passado, foram recolhidos 60 toneladas de materiais inservíveis. São mais de 100 toneladas em pouco mais de seis meses, segundo a Secretaria Municipal da Saúde.
Casos de dengue em Ribeirão Preto
2009 – 1.700
2010 – 29.637
2011 – 23.384
2012 – 317
2013 – 13.179
2014 – 398
2015 – 4.419
2016 – 35.043
2017 – 248
2018 – 270
2019 – 14.520
2020 – 17.606
2021 – 360
2022 – 7.482
2023 – 12.302
2024 – 42.660 *
Total desde 2009: 203.525
* Até 27 de novembro
Eliminação do Aedes aegypti
• Eliminar pratos de plantas ou utilizar um prato justo ao vaso, que não permita acúmulo de água;
• Descartar pneus usados em postos de coleta da prefeitura;
• Retirar objetos que acumulem água de quintais, como potes e garrafas;
• Verificar possíveis vazamentos em qualquer fonte de água;
• Tampar ralos;
• Manter o vaso sanitário sempre fechado;
• Identificar sinais de umidade em calhas e lajes;
• Verificar a presença de organismos vivos em águas de piscinas ou fontes ornamentais.