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Um milhão de pessoas com residência fixa não têm banheiro no Brasil

Levantamento do setor, com base no Censo 2022, mostra que 40% dos afetados são crianças e adolescentes (Divulgação)

O dia 19 de novembro é a data escolhida pela ONU para marcar o Dia Mundial do Banheiro e o Dia Mundial do Saneamento.

A data foi criada em 2013 para chamar a atenção sobre saneamento, sustentabilidade e inclusão e para conscientizar as nações sobre a necessidade de se encaminhar soluções para um problema de grandes dimensões em todo o mundo: cerca de 3,5 bilhões não tem acesso a saneamento.

E no Brasil, segundo levantamento da ABCON SINDCON (Associação e Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto) – entidade que representa operadoras privadas de saneamento – pelo menos para 1 milhão de pessoas não há muito o que comemorar nessa data. Esse é o número de indivíduos que não possuem acesso a banheiro ou sanitário, de acordo com o levantamento. Desse total, 40% são crianças e adolescentes.

O dado leva em consideração apenas a população que vive em residências permanentes, ou seja, não entram no cálculo moradores em situação de rua. Considera-se ainda a ausência de banheiro como a falta de equipamentos sanitários adequados para que o esgoto domiciliar tenha destinação correta, conectada ao sistema de tratamento.

Sem saneamento, a saúde é diretamente afetada, principalmente a de crianças até os 5 anos de idade. A falta de água de qualidade, coleta de lixo e tratamento de esgoto provoca 1 milhão de internações ao longo de três anos, a um custo de R$ 2,2 bilhões, segundo o SUS (Sistema Único de Saúde).

Ainda segundo o mesmo levantamento, são 70 mil mortes a cada ano provocadas em decorrência de doenças que já poderiam estar erradicadas com a universalização de água e esgoto.

Cerca de 2,7% das internações registradas no período dos últimos três anos foram ocasionadas por doenças relacionadas à falta de saneamento; 3,6% das despesas com internações realizadas no período foram relacionadas às internações por doenças relacionadas à ausência dele, gerando 10,7% dos óbitos no período mapeado. Entre essas doenças estão a diarreia, gastroenterite, dengue, difteria e outras doenças infecciosas intestinais.

Por tamanha importância do tema, GS Inima Ambient ressalta seu compromisso em cuidar da água e cuidar de vida, oferecendo serviços adequados e eficientes de saneamento que promovam a saúde, diminuindo a incidência de doenças que também geram custos à sociedade. Estudo da Organização Mundial da Saúde indica que a cada US$ 1 investido em saneamento se economiza US$ 5,50 nesse cenário.

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