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Polícia conclui que três participaram da morte de empresário e advogada

Irmão, sobrinho da vítima e funcionário do mercado da família estiveram no galpão objeto de disputa por herança

Investigação concluiu que três pessoas teriam participado da execução de Rogério e Lílian (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Por: Adalberto Luque

A Polícia Civil divulgou nota, na tarde desta sexta-feira (8), nota informando que concluiu ter havido premeditação no crime que vitimou o empresário Rogério Salomão, de 57 anos e a advogada Lilian Cláudia Jorge, de 50 anos, ocorrido no dia 30 de outubro, em Jardinópolis.

De acordo com o apurado durante as investigações realizadas pela Delegacia de Jardinópolis, concluiu-se que o meio irmão da vítima, Carlos Salomão, seu filho Bruno Carlos Orioli e uma terceira pessoa, Wagner Queiroz do Nascimento, que seria funcionário do mercado, participaram da execução.

Segundo as investigações, coordenadas pelo delegado André Baldocchi, Rogério tentava retomar a posse do galpão atualmente desativado e teria notificado o meio irmão Carlos. A princípio, teria sido combinado um encontro, onde as chaves seriam entregues.

No dia 30 de outubro, Rogério e sua advogada Lílian chegaram ao imóvel, que estava fechado. Aguardaram do lado de fora por cerca de 15 minutos, quando chegou Bruno, filho de Carlos Salomão, que administrava empresas da família. Ele estava em um veículo prata.

Bruno teria aberto o local e a advogada já lhe entregou a documentação necessária para assinatura e desocupação formal do prédio. Os três entraram na loja. Depois de cerca de 10 minutos, Carlos e Wagner chegaram ao local em uma caminhonete. Estacionaram em frente ao prédio e entraram.

Sobrinho da vítima chegou e abriu as portas para que tio e advogada entrassem, de acordo com investigações (Foto: Redes Sociais)

Lá dentro, as duas vítimas e os três suspeitos ficaram por cinco minutos. Foi quando, nos fundos do galpão, em uma área descoberta, foram alvejados com dezenas de disparos de arma de fogo.

A Polícia Civil apurou que, após os disparos, Carlos e Bruno saíram do imóvel, seguidos por Wagner, que abaixou a porta. Pai e filho entraram na caminhonete. Antes de fugir do local, Bruno entregou as chaves do carro prata para Wagner, que fugiu logo depois.

De acordo com relatório da perícia, foram recolhidos 13 cartuchos calibre 9mm e nove cartuchos calibre .380. Para Baldocchi, isso aumenta a tese de se tratar de execução, além de premeditação. O delegado requisitou a prisão de Carlos dois dias após o crime, em 1º de novembro.

Nesta sexta-feira, o delegado obteve da Justiça a decretação das prisões dos outros dois suspeitos. O trio está sendo procurado. Eles são considerados foragidos. O crime é considerado hediondo, com situação gravíssima, onde uma das vítimas estava em pleno exercício da advocacia.

A Polícia Civil ressaltou que, menos de 10 dias após o crime, os suspeitos foram identificados e suas prisões decretadas. As buscas prosseguem. Não foi informado se os suspeitos já constituíram defesa.

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