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RP banca R$ 1,29 bi em impostos  

Arrecadação com tributos em todo o país passa de R$ 3 trilhões desde o início do ano, afirma ACSP; em Ribeirão Preto, estava em R$ 1.296.908.447,55 ontem 

A média per capita, considerando população de 728.400 habitantes, estava ontem em R$ 1.780,49, ante R$ 1.564,13 do mesmo período do ano passado (Freepick)

O Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) alcançou, na manhã da última sexta-feira, 1º de novembro, a marca de R$ 3 trilhões em impostos, taxas e contribuições pagos pelos brasileiros desde o início deste ano. O registro foi feito às 8h50 e chegou 54 dias mais cedo do que no ano anterior, marcando um crescimento de 20% em comparação a 2023, quando a marca foi atingida em 25 de dezembro. 
 
Às 17 horas desta quarta-feira (6), o painel marcava R$ 1.296.908.447,55 em tributos pagos pelos moradores de Ribeirão Preto. No mesmo período do ano passado, foram arrecadados R$ 1.092.770.237,07 na cidade. São R$ 204.138.210,48 a mais em 2024, alta de 18,68%.  
 
A média per capita, considerando população de 728.400 habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), estava ontem em R$ 1.780,49, ante R$ 1.564,13 do mesmo período do ano passado – com base em 698.642 moradores –, acréscimo de R$ 216,36. A despesa do ribeirão-pretano com impostos avançou em 2023 em comparação com 2022, segundo o Impostômetro.  
 
De 1º de janeiro até 31 de dezembro do ano passado, os contribuintes de Ribeirão Preto pagaram R$ 1.300.947.923,85, ante R$ 1.229.230.253,48 do período anterior. São R$ 71.717.670,37 a mais, alta de 5,83%. Em 2021, quando chegou a R$ 1.102.548.169,33, houve queda de 22,9% em relação aos R$ 1.430.464.992,97 de 2020, renúncia de R$ 327.916.823,64.  
 
O biênio 2020-2021 foi marcado por lockdowns e uma série de restrições ao comércio, à indústria, à prestação de serviços e às atividades esportivas, de lazer e culturais por causa da pandemia de coronavírus.  Mesmo assim, a arrecadação nos dois anos superou a de 2019, quando a receita com taxas e tributos municipais, estaduais e federais chegou a R$ 1.033.131.882,90.  
 
Per capita Naquele ano, Ribeirão Preto ultrapassou a marca de R$ 1 bilhão em tributos arrecadados pela primeira vez, segundo dados revisados pelo Impostômetro. O ribeirão-pretano desembolsou no ano passado, em média, R$ 1.862,11 apenas para pagar impostos municipais, estaduais e federais, segundo a ACSP Impostômetro – considerando que a cidade tinha 698.642 habitantes, segundo o Censo Demográfico.  
 Em 2022 ficou em R$ 1.759,46. A arrecadação per capita, segundo o Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo, deve ser ainda mais alta, já que os cálculos consideram o total de moradores e não a população economicamente ativa e que paga impostos. Com um público menor, o valor por pessoa sobe.  
 Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego indicam que Ribeirão Preto tem 247.416 trabalhadores ativos aptos a receber o décimo terceiro salário. Com base neste público, a média per capita do Impostômetro seria de R$ 5.241,81. 
 
Brasil – O economista da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, ressaltou que o sistema tributário brasileiro é predominantemente baseado no consumo. “À medida que os preços dos bens e serviços aumentam, a arrecadação também cresce. O crescimento da atividade econômica também impacta positivamente”, explicou. Gamboa prevê que, se as condições atuais persistirem, é provável que a arrecadação antecipe ainda mais a marca de R$ 3 trilhões nos próximos anos. 
 
A ACSP também apresentou uma perspectiva sobre o que R$ 3 trilhões poderiam comprar. Com esse montante, seria possível adquirir 42,8 milhões de carros populares ou 3,1 bilhões de celulares simples, entre outros itens. A lista revela não apenas o valor expressivo da arrecadação, mas também o potencial impacto que esses recursos poderiam ter na melhoria da qualidade de vida da população, caso fossem investidos de forma mais eficaz. 
 
De acordo com dados da ACSP, o Impostômetro atingiu, pela primeira vez, a marca de R$ 2 trilhões em impostos somente em 9 de dezembro de 2015. Em julho daquele ano, a ferramenta registrava R$ 1,1 trilhão em tributos pagos pelos brasileiros, o que representa um crescimento acumulado de 82%, na comparação com igual período de nove anos atrás.  
 
Para Ruiz de Gamboa, esse aumento está atrelado ao crescimento da atividade econômica e ao aumento dos preços. “Nossa carga tributária é comparável à da Grã-Bretanha, embora nossa renda por habitante seja significativamente inferior. Pagamos uma carga tributária desproporcional ao nosso nível de desenvolvimento econômico, o que acaba por sufocar o potencial de expansão da economia”, avalia. 
 
Conta União, Estados e municípios e até o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) discordam dos métodos utilizados pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) – que elabora o painel para a ACSP – para chegar a estes números. Segundo o IBPT, 65% dos tributos ficam com a União, 28% vão para os Estados e 7% são dos municípios. 
 
Números do  Impostômetro 
Em 2023  
Ribeirão Preto:  
R$ 1.300.947.923,85 
Em 2022  
Ribeirão Preto:  
R$ 1.229.230.253,48 
Alta em 2023: 19,06% 
Aporte: R$ 71.717.670,37 
Per capita em 2023:  
R$ 1.862,11 
Per capita em 2022:  
R$ 1.759,46 
De 1º de janeiro a  
6 de novembro * 
Em 2023  
R$ 1.092.770.237,07 
Per capita:  
R$ 1.564,13 
Em 2024 
R$ 1.296.908.447,55 
Per capita: 
R$ 1.780,49 
* Até as 17 horas 
Fonte: Impostômetro 
da ACSP 
 

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