No maior volume de um mês em dez anos, outubro teve 264,9 mil veículos vendidos no país, um crescimento de 21,7% frente ao mesmo mês do ano passado. O resultado, que engloba carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus, foi divulgado nesta segunda-feira, 4 de novembro, pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
Desde dezembro de 2014, quando foram vendidos pouco mais de 370 mil veículos, o setor não registrava número tão elevado, mostrando que as montadoras estão voltando aos níveis de antes da pandemia. Frente a setembro, os emplacamentos tiveram crescimento de 12,1%.
Agora, o crescimento das vendas de veículos zero quilômetro no acumulado desde o primeiro dia do ano chega a 15%, com 2,12 milhões de unidades licenciadas no Brasil entre janeiro e outubro. O desempenho reflete a melhora nas condições de crédito, o mercado de trabalho aquecido, com aumento da renda, além da renovação de frotas das locadoras de carros.
“A oferta de crédito continua impulsionando os automóveis e comerciais leves, com taxa de aprovação das propostas em 75%”, comentou o presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Júnior A previsão da entidade para 2024 é de crescimento de 15,1% das vendas de veículos.
Em Ribeirão Preto, segundo a Fenabrave, foram vendidos 1.382 veículos nas concessionárias da cidade, crescimento de 19,04% em comparação com os 1.161 do mesmo mês do ano passado, 221 mais. Porém, caiu 4,95% em relação aos 1.454 de setembro (melhor resultado do ano), 72 a menos.
Motos – As vendas de motocicletas tiveram crescimento de 21,1% em outubro, frente ao mesmo mês de 2023, chegando a 166,7 mil unidades. Na comparação com setembro, houve crescimento de 6,5% nas vendas do veículo de duas rodas.
Com isso, as vendas de motocicletas acumularam avanço de 19,6% nos dez primeiros meses do ano, totalizando 1,58 milhão de unidades. Esse número supera levemente as vendas de carros de passeio, que somaram 1,56 milhão de unidades no mesmo período.
O desempenho positivo reflete a melhora nas condições de crédito, a expansão dos serviços de entrega (delivery) e a busca dos consumidores por veículos mais baratos e econômicos em combustível. “Os serviços de entrega e a procura da motocicleta como alternativa de baixo custo para o transporte continuam movimentando o segmento”, comenta Andreta Júnior.
“Muitas famílias vêm trocando o segundo carro pela moto Ele acrescenta que o resultado poderia ter sido ainda melhor, não fossem as dificuldades logísticas em função da seca em Manaus, no Amazonas, onde estão instaladas as montadoras de motocicletas”, diz.
Em Ribeirão Preto, segundo a Fenabrave, foram vendidas 612 motocicletas nas concessionárias da cidade (segundo melhor resultado do ano, atrás das 67t5 de junho), crescimento de 9,48% em comparação com as 559 do mesmo mês do ano passado, 53 a mais. Também subiu 5,88% em relação as 578 de setembro, 34 a mais.