Tribuna Ribeirão
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Nobel de Economia – Massachutts Institute of Technology (MIT) 

Sérgio Roxo da Fonseca *
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Taís Costa Roxo da Fonseca **
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O jornal O Estado de São Paulo de 27.10.24 (pág. C 6/7 – texto assinado Gabriel Picavea Torres-publicou extensa reportagem sob o título “Em busca de uma teoria social perfeita” na qual se refere aos agraciados com o Prêmio Nobel de Economia, os professores do Massachusets Institute of Technology (MIT): Daren Acemoglu, Simon Jhonson e James Robinson. A extensa reportagem merece nossos aplausos e nossa atenção.

O Brasil até hoje não recebeu nenhum Prêmio Nobel. O MIT, localizado no nordeste dos Estados Unidos já recebeu 97 Prêmios Nobel, o que facilita compreender o nível do nosso padrão de pesquisa. A Argentina já foi agraciada.

Tivemos oportunidade de visitá-lo há mais ou menos 20 anos atrás exatamente para ter contato com a sua cadeira de economia.

As classes do Instituto, diversamente do que ocorre com nossas escolas, são compostas por professores, alunos e técnicos vindos de vários países, ai incluídos os norte-americanos.

No grupo agora referido, por exemplo, encontra-se o professor e pesquisador Thomas Sowell, afro-americano, nascido de uma família paupérrima da Carolina do Norte, graduado em Economia em Harvard. São suas estas palavras: “Profundos pensadores que miram a todos os lados à procura das causas para a pobreza , ignorância, crime e guerra não precisam ir muito além do seus próprios espelhos. Todos nascemos neste mundo pobres e ignorantes, e com impulsos completamente egoístas e selvagens”.

Os professores destacaram a diversidade do tratamento desenvolvido em grau internacional pela Inglaterra  que dispensou aos seus filhos um tratamento completamente diverso daquele por ela aplicado na Índia, país que até então era seu submisso. “É hora dessa elite se olhar no espelho e se questionar se as instituições que criam são tão diferentes assim de seus criadores”.

Tive oportunidade de tomar conhecimento da composição das salas de aula do MIT durante uma visita. Os alunos, todos já graduados, eram originários de variados países. Três brasileiros, por exemplo. Vários norte-americanos. Na maioria eram civis que conviviam com vários militares em busca de conhecimentos para classificados como pós-graduados. E reconhecidamente científicos e doutrinários.

De se notar que nossas universidades públicas, no passado, recebiam vários alunos estrangeiros, especialmente latino-americanos que contribuam vivamente para a ampliação de nossa cultura. A Faculdade de Medicina da USP, instalada em Ribeirão Preto, tinha um corpo docente composto por professores argentinos, austríacos e belgas, entre outros.

Para que fosse possível realizar uma aproximação das universidades brasileiras com o MIT seria necessário abrir suas portas para estudantes africanos, asiáticos, europeus e americanos, quando então, seguramente poderíamos olhar para o mundo com variados olhares.

Nossos parabéns tanto ao MIT, quanto aos seus professores nobelistas, como aos seus alunos que falam sobre o mundo e enxergam as pessoas com muitos olhos e várias línguas.

A pesquisa econômica envolvida no mais alto grau de seriedade tem de ser afastada das imagens dos nossos espelhos, em busca de identificar cientificamente o grau de nossa fraqueza.

* Advogado, professor livre docente aposentado da Unesp, doutor, procurador de Justiça aposentado, e membro da Academia Ribeirãopretana de Letras

** Advogada 

 

 

 

 

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