A Abrasmercado – indicador que mede a variação de preços nos supermercados –, cesta composta por 35 produtos de largo consumo, dentre eles alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza, registrou inflação de 0,90% em setembro, após deflação de 1,32% em agosto. Havia registrado queda de 1,27% em julho. Antes, vinha de dois três aumentos seguidos, em junho (0,90%), maio (0,84%) e abril (0,25%).
Antes da deflação de 0,16% em março, foram cinco aumentos seguidos desde outubro do ano passado. Subiu 0,79% em fevereiro e 1,40% em janeiro. Agora, passou de R$ R$ 732,82 em agosto para R$ 739,44 na média nacional, acréscimo de R$ 6,62. A cesta com 35 produtos de largo consumo acumula alta de 2,34% do início do ano até setembro, ante 1,42% até o mês anterior.
Na comparação anual, com os R$ 705,21 de setembro de 2023, o valor mais baixo em doze meses, a inflação chega a 4,85% em doze meses. São R$ 34,23 a mais. A pesquisa, divulgada nesta quinta-feira, 31 de outubro, é elaborada pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
Em 2023 – Fechou o ano passado com deflação de 4,22% em doze meses, maior queda anual registrada desde 2017, quando ficou em -7,05%. Na Região Sudeste, avançou 1,27% de R$ 746,08 em agosto para R$ 755,59 em setembro, acréscimo de R$ 9,51 e inflação de 1,34%.
Fatores – A projeção de alta nos preços das proteínas animais – antecipada pela Abras – diante da redução do pasto com as queimadas e do aumento nas exportações no segundo semestre já pesou na cesta de abastecimento dos lares brasileiros. Na carne bovina, em setembro, os cortes do dianteiro subiram 2,96% e os do traseiro mais 3,79%.
O dianteiro ainda acumula queda de 0,13% no ano, mas sobe 0,72% em doze meses, enquanto o traseiro recua 0,50% entre janeiro e setembro e sobe 4,90% em doze meses. A alta dos preços da carne bovina tende a deslocar a demanda para outras proteínas e elevar os preços da cesta.
No mês, os preços do pernil subiram 3,67% (avança 5,96% no ano e 9,46% em doze meses) e do frango, 0,59% (alta acumulada de 1,65% desde e de 4,58% na comparação interanual). A única queda veio dos ovos, com recuo de 1,73% (cai 3,76% em 2024 e -7,81% em doze meses).
Outras altas vieram dos preços de produtos básicos como o café torrado e moído (4,02% no mês, 24,92% no ano e 22,65% em doze meses) e óleo de soja (3,53% em setembro, 5,37% desde janeiro e 7,92% na comparação interanual).
Também subiram os preços da massa sêmola de espaguete (1,18% no mês, cai 0,36% em 2024 e recua 1,46% em doze meses) e leite longa vida (respectivamente, aumentos de 1,17%, 21,66% e 12,88%). De janeiro a setembro, as principais altas acumuladas são do café torrado e moído (24,92%), leite longa vida (21,66%), arroz (9,75%), pernil (5,96%) e óleo de soja (5,37%).
As principais quedas vieram dos preços da cebola (baixa de 16,95% em setembro e 15,86% no ano e alta de 21,43% em doze meses), tomate (respectivamente, quedas de 6,58%, 31,35% e 32,20%), batata (recuo de 6,56% no mês e aumentos de 9,03% no ano e 57,19% em doze meses) e feijão (baixas de 1,42%, 6,90% e 0,46%, respectivamente).
Básicos – Na cesta de alimentos básicos (que monitora doze produtos), os preços subiram 1,32% em setembro, após queda de 0,44% em agosto e de 0,32% em julho, inflação de 1,09% em junho, alta de 0,78% em maio e estabilidade em abril, com leve baixa de 0,02%, após aumentos de 0,32% em março e de 1,28% em fevereiro e janeiro.
Agora, passou de R$ 314,38 em agosto para R$ 318,52% em setembro, acréscimo de R$ 4,14. É o valor mais alto em doze meses. Na comparação anual, em relação aos R$ 299,10 do mesmo mês de 2023, são R$ 19,42 a mais e alta de 6,49% em 2024. Fechou o ano passado em alta de 1,45%, custado R$ 302,24 em dezembro contra R$ 297,92 de novembro. O valor mais baixo em doze meses pertence a outubro, de R$ 296,09, indica a Abras.
Dentre os produtos básicos as altas foram registradas no café torrado e moído (4,02%), óleo de soja (3,53%), carne bovina – corte do dianteiro (2,96%), massa sêmola de espaguete (1,18%), leite longa vida (1,17%) e margarina cremosa (0,53%). Já as quedas foram puxadas por feijão (recuo de 1,42%), farinha de mandioca (baixa de 1,16%), açúcar refinado (retração de 0,90%) e , farinha de trigo (queda de 0,59%).