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Prévia do IPCA fecha em 0,54%  

Com o resultado anunciado nesta quinta-feira, 24 de outubro, IPCA-15, prévia da inflação, acumula alta de 4,47% em doze meses e de 3,71% no ano  

Aumento de 5,29% na energia elétrica residencial exerceu a maior pressão sobre o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (Pixabay)

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 – prévia da inflação oficial no país – acelerou de 0,13% em setembro para 0,54% em outubro, após altas de 0,19% em agosto, de 0,30% em julho, 0,39% em junho, 0,44% em maio, 0,21% em abril e de 0,36% em março. Antes, disparou 0,78% em fevereiro, ante elevação de 0,31% em janeiro e avanço de 0,40% em dezembro de 2023.

Com o resultado anunciado nesta quinta-feira, 24 de outubro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA-15 acumula aumento de 3,71% no ano, ante 3,15% até setembro, 3,02% até agosto, 2,82% até julho, 2,52% até junho, 2,12% até maio, 1,67% até abril, 1,46% até março e 1,09% até fevereiro.

A taxa em doze meses está em 4,47%, maior resultado desde fevereiro deste ano, quando estava em 4,49%. Voltou a subir após dois meses de queda, de 4,12% até setembro e 4,35% até agosto. Era de 4,45% até julho, 4,06% até junho, de 3,70% até maio, de 3,77% até abril, de 4,14% até março e de 4,49% até fevereiro. 

A alta mensal de 0,54% é a mais elevada desde fevereiro de 2024, quando avançou 0,78%. Levando em consideração apenas meses de outubro, o resultado foi o mais alto desde 2021, quando houve avanço de 1,20%. Em outubro de 2023, tinha registrado aumento de 0,21%.

Itens – O aumento de 5,29% na energia elétrica residencial exerceu a maior pressão sobre o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de outubro. O subitem respondeu sozinho por cerca de 40% da inflação do mês, uma contribuição de 0,21 ponto percentual para a taxa de 0,54%.

Também figuraram no ranking de maiores pressões os itens seguro voluntário de veículo (alta de 3,64% e impacto de 0,03 ponto percentual), gás de botijão (2,17% e 0,03 ponto percentual) e refeição fora de casa (0,70% e 0,03 ponto percentual). Na direção oposta, a passagem aérea foi o item de maior influência negativa sobre a inflação de outubro, com queda de 11,40% e contribuição de -0,08 ponto percentual.

Grupos – Oito dos nove grupos de produtos e serviços que integram o IPCA-15 registraram altas de preços em outubro. Houve deflação apenas em Transportes, recuo de 0,33%, contribuição negativa de -0,07 ponto porcentual (p.p.) para o IPCA-15 no mês.

Os grupos com aumentos foram Alimentação e bebidas (0,87%, impacto de 0,18 ponto percentual), Habitação (1,72%, impacto de 0,26 p.p.), Educação (0,05%, sem, impacto), Artigos de residência (0,41% e 0,02 p.p.), Saúde e cuidados pessoais (0,49% e 0,07 p.p.), Vestuário (0,43% e 0,02 p.p.), Despesas pessoais (0,35% e 0,04 p.p.) e Comunicação (0,40% e 0,02 p.p.).

IPCA cheio – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – indexador oficial – avançou de deflação de 0,02% em agosto para inflação de 0,44% em setembro, segundo o IBGE. É a inflação mais alta desde maio deste ano, quando ficou em 0,46% de 2022. Considerando apenas meses de setembro, a taxa foi a mais elevada para o mês desde 2021, quando avançou 1,16%.

No mesmo período do ano passado houve inflação de 0,26%. A taxa acumulada pela inflação no ano está em 3,31%, ante 2,85% até agosto. Como consequência, o índice em doze meses voltou a acelerar, de 4,24% em agosto para 4,42% em setembro. A meta de inflação perseguida pelo Banco Central em 2024 é de 3,0%, com teto de tolerância de 4,50%.
A inflação por grupos
Alimentação – Os preços de Alimentação e bebidas aumentaram 0,87% em outubro, após alta de 0,05% em setembro. Deu uma contribuição positiva de 0,18 ponto percentual para o IPCA-15. As carnes avançaram 4,18% em outubro, enquanto leite e derivados subiram 1,49%. Na direção oposta, houve reduções de preços nos subgrupos tubérculos, raízes e legumes (-6,14%), hortaliças e verduras (-2,02%) e frutas (-0,19%).

O custo da alimentação consumida no domicílio avançou 0,95% em outubro, após três meses seguidos de quedas, com baixa de 0,01% em setembro. Os principais impactos sobre a alta no mês partiram dos subitens contrafilé (5,42%), café moído (4,58%) e leite longa vida (2,00%).

Já os destaques entre as quedas foram a cebola (-14,93%), o mamão (-11,31%) e a batata-inglesa (-6,69%). A alimentação fora do domicílio aumentou 0,66%, ante alta de 0,22% em setembro. A refeição fora de casa subiu 0,70%, e o lanche avançou 0,76%, após alta de 0,20%. 

Transportes – Os preços de Transportes caíram 0,33% em outubro, após queda de 0,08% em setembro. O grupo deu uma contribuição negativa de 0,07 ponto percentual para o IPCA-15. Os preços de combustíveis tiveram queda de 0,01% em outubro, após recuo de 0,64% no mês anterior.  A gasolina ficou estável, após ter registrado queda de 0,66% em setembro.

O etanol avançou 0,02% nesta leitura, após queda de 1,22% na anterior. Ficaram mais baratos o gás veicular (-0,71%) e o óleo diesel (-0,23%), Os preços das passagens aéreas recuaram 11,40% em outubro, após elevação de 4,51% em setembro. A alta fez o subitem exercer a maior contribuição negativa, de 0,08 ponto percentual.

Habitação – Os gastos das famílias brasileiras com Habitação passaram de uma elevação de 0,50% em setembro para um aumento de 1,72% em outubro, uma contribuição positiva de 0,26 ponto percentual para o IPCA-15. A energia elétrica residencial passou de elevação de 0,84% para 5,29%.

O movimento foi impulsionado pela entrada em vigor da bandeira tarifária vermelha patamar 2, a partir do dia 1º. Como consequência, a energia elétrica liderou o ranking de pressões sobre o IPCA-15 de outubro, com uma contribuição de 0,21 ponto percentual. Ainda em Habitação, o gás de botijão aumentou 2,17%. 

 

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