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Saúde nega desabastecimento de vacinas  

Unidades Básicas de Saúde de Ribeirão Preto (UBS) estão sem doses de vacina contra a covid-19, tanto a versão adulta quanto a infantil 

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a última remessa chegou na sexta-feira (18) e foi utilizada na campanha de multivacinação, no sábado (19) (Fernando Frazão/Ag.Br. )

O Ministério da Saúde negou nesta quarta-feira, 23 de outubro, que o país passa por falta generalizada de vacinas. Em nota, a pasta cita que houve “desabastecimento momentâneo” de imunizantes contra a covid-19 no país no período de 16 de outubro, data de vencimento das doses em questão, e 22 de outubro. 
 
O ministério destacou que 1,2 milhão de vacinas começaram a ser distribuídas na terça-feira (22) – São Paulo, Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco, segundo o comunicado, vão receber imunizantes a partir desta quarta-feira. A previsão da pasta é que, até a próxima sexta-feira (25), todos os estados tenham recebido suas doses. 
 
Além disso, já está em execução uma nova compra de 69 milhões de doses que garantirá o abastecimento de vacinas pelos próximos dois anos”, informou a nota. “Isso proporcionou também uma redução de aproximadamente 28% no preço da dose unitária, sendo um dos menores preços do mundo”, completou a pasta. 
 
OP ministério citou que os Estados Unidos, por exemplo, pagam até US$ 30 por dose, enquanto o Brasil paga atualmente US$ 7 por dose. De acordo com a pasta, em 2023 havia desabastecimento generalizado de vacinas no Brasil, incluindo doses pediátricas contra a covid-19, a BCG (contra a tuberculose), a dose contra a hepatite B, a dose contra a poliomielite oral e tríplice viral (contra o sarampo, a rubéola e a caxumba). 
 
Além de problemas na gestão anterior, algumas dessas vacinas encontram-se em falta no mercado mundial e outras apresentam desafios de produção nacional”, destaca a nota. “Para garantir a vacinação de nossas crianças, algumas vacinas, como a meningo-C e a DTP (difteria, tétano e coqueluche) puderam ser substituídas por outras vacinas, como a pentavalente e a meningo ACWY, respectivamente. 
 
“Em relação à vacina contra a varicela [popularmente conhecida como catapora], foi feita aquisição emergencial de 2,7 milhões de doses e a previsão é que as primeiras remessas cheguem em novembro. Paralelamente, está em curso processo de compra regular. No caso das vacinas contra a febre amarela, 6,5 milhões de doses devem chegar em novembro”, conclui a pasta. 
 
As Unidades Básicas de Saúde de Ribeirão Preto (UBS) estão sem doses de vacina contra a covid-19, tanto a versão adulta quanto a infantil. A cidade tem 16 postos de vacinação. O problema ocorre devido à pequena quantidade de remessas recebidas pela prefeitura. 
 
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a última remessa 300 doses chegou na sexta-feira (18) e foi utilizada na campanha de multivacinação que aconteceu no sábado (19). Levantamento feito pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) revela que seis em cada dez cidades brasileiras (60%) estão sem o produto. 
 
O levantamento foi realizado entre os dias 2 e 11 de setembro e contou com a participação de 2.415 municípios. Desses, 1.563 – o equivalente a 64,7% dos que participaram da pesquisa e cerca de 28% do total de municípios no Brasil – enfrentavam falta de imunizantes há pelo menos 30 dias. 
 
Diz que isso ocorre por causa da logística de distribuição do Ministério da Saúde. As vacinas aplicadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) são compradas pela pasta e repassadas às secretarias estaduais, que fazem a distribuição aos municípios conforme a demanda. 
 
A Secretaria Estadual de Saúde do Estado afirma que, em setembro, fez o pedido de 500 mil doses ao Ministério da Saúde, mas recebeu apenas 87,3 mil. Neste mês de outubro, a pasta fez um novo pedido de 500 mil doses e ainda aguarda uma resposta do governo federal. 
 
Já o Ministério da Saúde informa que vai enviar doses para vacinação exclusivamente de crianças nos próximos dias e não há prazo para entrega de do imunizante para adultos. Diz ainda que não data definida para que a situação seja normalizada. 
 

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