Por Hugo Luque
Foi de tirar o fôlego, mas o Botafogo levou a melhor sobre o Guarani por 3 a 2, na noite desta quarta-feira, no Estádio Santa Cruz, pela 23ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. A partida estava marcada para acontecer em agosto, mas as queimadas em Ribeirão Preto obrigaram o duelo a ser remarcado.
As duas equipes começaram o duelo na zona de rebaixamento – o Pantera na 17ª posição e o Bugre na lantera –, e somar pontos era fundamental. O confronto começou com gol visitante, o que assustou a equipe de Márcio Zanardi, mas o bom segundo tempo tricolor garantiu o primeiro triunfo sob nova direção, com direito a gol no último lance de Alexandre Jesus.
Com o resultado, o Bota saltou para a 15ª colocação, com 35 pontos em 30 jogos. O Guarani permanece no Z-4, com apenas 25 pontos conquistados. O próximo desafio botafoguense é no sábado, às 21h30, novamente em casa, contra o Operário.
O jogo
A partida começou movimentada, com um gol alviverde logo aos dois minutos. Caio Dantas recebeu na entrada da área e bateu fraco, mas no cantinho, para abrir o placar. Assustado com o tento, o Pantera partiu para cima de forma mais intensa e empatou aos 18. Após batida de Bochecha, Pegorari deu rebote e Alex Sandro, bem posicionado, marcou.
Parecia que tudo poderia mudar a partir daí, com o Botafogo mais confiante. Entretanto, o time da casa diminuiu o ritmo de jogo e, assim como na derrota contra a Ponte Preta, dominou a posse de bola, mas pouco levou perigo e viu o adversário responder em contra-ataques. Em uma das poucas chegadas bugrinas, João Victor sofreu pênalti e Caio Dantas, pela segunda vez, aplicou a “lei do ex” sobre o Botafogo.
Assim como contra a Ponte, rival do Guarani, Zanardi abriu mão da formação com três zagueiros no intervalo. Desta vez, voltou a campo com o volante Carlos Manuel e o centroavante Alexandre Jesus, que começou na reserva de Alex Sandro. Logo de cara, uma boa chance para cada lado: o Tricolor chegou com Sabit, em batida de longe, enquanto o Bugre respondeu com Caio Dantas, travado quando poderia marcar o terceiro.
O tempo foi passando, a torcida começou a se irritar e Zanardi decidiu colocar Emerson Negueba no lugar de Felipinho. Com ele pela direita, o ataque da casa começou a mostrar sinais de melhora. Logo em seguida, Sabit, novamente de longe, obrigou Pegorari a fazer mais uma boa defesa.
Caio Dantas teve a chance de confirmar a vitória campineira aos 26, quando recebeu dentro da área e tentou encobrir João Carlos, sem sucesso. Quem não faz, leva. Aos 33, Negueba foi ao fundo pela direita, foi derrubado por Marcelinho e sofreu pênalti. Victor Andrade foi para a bola e, de forma inteligente, surpreendeu o goleiro ao cobrar logo após o apito do árbitro, sem se distanciar da bola, para empatar.
Nos acréscimos, o Guarani dava indícios de que ainda buscaria o triunfo longe de seus domínios, e flertou com o tento em batida de Heitor, que parou em excelente defesa de João Carlos. Pouco depois, Negueba, sempre ele, tramou boa jogada pelo flanco direito, foi derrubado e deu mais uma oportunidade, em falta, para o Pantera. Jean Victor levantou de pé esquerdo, Pegorari saiu de soco, mas furou, e a bola caiu no pé de Alexandre Jesus, querido pela torcida, que levou a bola à rede e deu números finais ao clássico do interior.