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Inadimplência atinge 44% dos brasileiros 

Dívidas com bancos e cartões de crédito (28,44%) representam a maior parcela das dívidas: altas taxas de juros e facilidade de acesso ao crédito (Pixabay)

Em meio a um cenário econômico marcado por incertezas, altas taxas de juros e inflação persistente, a plataforma Pagou Fácil, da Paschoalotto, realizou um levantamento de janeiro a agosto de 2024, em que apresenta um panorama detalhado do setor e suas projeções para o final desse ano.

O documento fornece uma análise abrangente de indicadores macroeconômicos e dados específicos da empresa, oferecendo um guia estratégico para empresas e gestores que enfrentam o desafio da inadimplência no Brasil.

De acordo com o levantamento, em julho deste ano, 44,05% da população adulta do Brasil estava inadimplente, somando 72,66 milhões de pessoas, um aumento de 2,13% em relação ao mesmo período de 2023. Os estados de Mato Grosso, Maranhão e Pará registraram as maiores altas, enquanto Ceará, Espírito Santo e Rio Grande do Sul apresentaram reduções.

O valor médio das dívidas dos brasileiros aumentou 9,10% em relação a 2023, alcançando R$ 1.461,27 em 2024. O valor médio das dívidas com garantia subiu para R$ 1.770, enquanto as dívidas sem garantia, como cartão de crédito, tiveram queda para R$ 268.

“Observamos uma alteração na composição das dívidas neste primeiro semestre de 2024, com 70,09% concentradas em atrasos superiores a 90 dias, comparado aos 69,94% de 2023”, destaca Diego Martins Mosquim, Diretor de Planejamento e Qualidade da Paschoalotto.

Além disso,a inadimplência é quase igualmente dividida entre os gêneros, com 50,4% de mulheres e 49,6% de homens. A faixa etária predominante entre os inadimplentes é de adultos jovens, refletindo os impactos econômicos sobre essa população.

A análise da Paschoalotto destaca que as principais razões da inadimplência estão concentradas em quatro segmentos principais: 

Dívidas com bancos e cartões de crédito (28,44%): Representam a maior parcela das dívidas, impulsionadas pelas altas taxas de juros e facilidade de acesso ao crédito.

Contas básicas e serviços públicos (Utilities) (21,85%): Água, luz e gás estão entre as principais contas em atraso, refletindo a dificuldade dos consumidores em equilibrar gastos essenciais com outras obrigações financeiras.

Serviços em geral (17,81%): Dívidas relacionadas a serviços diversos, evidenciando um desafio crescente em manter esses pagamentos em dia.

Financeiras (12,09%): Empréstimos e financiamentos de outras instituições financeiras compõem uma parte significativa das dívidas, frequentemente atrelados a condições de pagamento menos favoráveis.

“Esses dados refletem a pressão econômica sobre os consumidores, que enfrentam dificuldades para manter seus compromissos financeiros e contas essenciais, resultando em um impacto direto no mercado de recuperação de crédito”, explica Mosquim.

O relatório aponta para uma redução na inadimplência para pessoas físicas até o final de 2024, ainda que as taxas de desemprego devam se manter estáveis neste ano, com perspectivas de alta nos próximos anos. A transformação digital e o uso de tecnologias como a inteligência artificial são apontados como fatores que continuarão moldando o setor de recuperação de crédito.

“Embora a previsão de redução na inadimplência para pessoas físicas traga um cenário mais positivo, o Brasil ainda enfrenta desafios importantes, especialmente com as projeções de aumento do desemprego nos próximos anos. Acreditamos que a transformação digital e o avanço da inteligência artificial serão determinantes para moldar o mercado de recuperação de crédito, trazendo mais eficiência e inovação para superar as adversidades econômicas do país”, finaliza Mosquim.

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