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Estação ecológica de RP é reaberta  

A Estação Ecológica de Ribeirão Preto, mais conhecida como Mata de Santa Tereza, importante fragmento florestal de Mata Atlântica, reabriu ontem (Alfredo Risk)

A Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) reabriu 69 parques estaduais nesta segunda-feira, 30 de setembro. As unidades de conservação são administradas pela Fundação Florestal e estavam fechadas desde o dia 1º para priorizar a prevenção e combate a incêndios durante este período crítico de seca. 
 
A Estação Ecológica de Ribeirão Preto, mais conhecida como Mata de Santa Tereza, importante fragmento florestal de Mata Atlântica, reabriu ontem. Na macrorregião, também foram reabertas unidades em Araraquara, Bento Quirino (distrito de São Simão), Luiz Antônio, Santa Rita do Passa Quatro, São Simão, Bebedouro e Vassununga (Santa Rita do Passa Quatro).  
 
A Estação Ecológica de Jataí, em Luiz Antônio, e a Floresta de Batatais continuam fechadas. Segundo Rodrigo Levkovicz, diretor-executivo da Fundação Florestal, a reabertura de forma responsável é baseada nas condições climáticas previstas para os próximos dias e no grau de risco de incêndios florestais”, diz.  
 
As equipes da Fundação Florestal seguem dedicadas ao monitoramento, combate aos focos de incêndio e à sensibilização das comunidades do entorno. Em caso de aumento no risco ou ocorrências de incêndio, as unidades de conservação poderão ser fechadas novamente para garantir a segurança dos visitantes”, destaca. 
 
A Semil monitora permanentemente as condições climáticas de risco e a incidência de incêndios no Estado por meio da Operação São Paulo sem Fogo, que já investiu R$ 170 milhões para prevenir queimadas. A mobilização envolve aeronaves, uma força-tarefa de 15 mil pessoas e dois mil veículos para pronta resposta. 
 
A força-tarefa conta ainda com o uso de satélites e drones com imagens térmicas. Foram feitos também mais de 1.600 km de aceiros, faixa de terra livre de vegetação que é criada para impedir a propagação de incêndios. A iniciativa privada também auxilia a atual gestão na identificação das queimadas, para que o combate aconteça o mais rápido possível.  
 
Até o momento, 33 pessoas foram presas pela polícia por suspeita de causarem incêndios em vegetação. São pelo menos onze prisões na macrorregião de Ribeirão Preto. Agora são três prisões em Batatais, três em Franca, uma em Santo Antônio da Alegria, uma em Patrocínio Paulista, outra em Guaraci, uma em São Carlos e uma em Pedregulho.  As outras ocorreram fora da macrorregião. 
 
O valor das multas aplicadas por crimes relacionados a queimadas criminosas em 2024 passa de R$ 25 milhões. A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, afirma que o prejuízo em São Paulo já havia chegado aos R$ 2 bilhões para os agricultores, principalmente os plantadores de cana-de-açúcar. 
 
A Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana) divulgou novo balanço sobre o impacto dos incêndios nas propriedades rurais de cana-de-açúcar nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O prejuízo aos produtores já chega a R$ 2,67 bilhões. 
 
De acordo com a organização que atualmente representa 35 associações de fornecedores de cana e mais de doze mil produtores , até o dia 20 de setembro, os focos de incêndios no estado de São Paulo atingiram cerca de 263 mil hectares de cana e 0queimaram cerca de 414 mil hectares no Brasil.  
 
Não há indícios de que o fogo tenha começado por causas naturais, como raios, por exemplo. O secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff, disse que 99,9% dos incêndios registrados no estado de São Paulo ao longo do fim de semana foram causados por “ação humana”. 
 
Mata de Santa Tereza – O bioma inclui matas ciliares e áreas destinadas às monoculturas de pinus e eucalipto e campos de agricultura. A Mata de Santa Tereza tem no total 181 hectares, ou 1.810.000 metros quadrados – o equivalente a mais de 200 campos de futebol (120x75m). A área abriga cerca de 174 espécies vegetais nativas, 126 diferentes espécies de aves (a jacu está ameaçada da de extinção) e nove espécies de mamíferos (o lobo-guará corre risco de extinção).  
 
É um dos derradeiros refúgios de onças-pardas e suçuaranas, animais que no passado habitavam as matas da região. Há dez anos, em setembro de 2014, mais da metade de reserva – cerca de 90 hectares – foram destruídos por um incêndio iniciado na noite de 31 de agosto daquele ano e só controlado quatro dias depois.  
 

 

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