Por: Adalberto Luque
Morreu, na madrugada deste domingo (29), o caminhoneiro Lenilson da Silva Pereira, de 42 anos. Ele estava internado no Hospital das Clínicas – Unidade de Emergência (HC-UE) desde 11 de setembro, quando foi atingido com um tiro na cabeça, durante confronto entre supostos criminosos que atacaram um carro-forte na região e policiais militares.
Pereira, que morava em Teresina (PI), conduzia um caminhão e acabou ficando no meio do confronto entre criminosos fortemente armados e policiais militares. Na ação morreram o sargento da Polícia Militar Márcio Ribeiro, que integrava o Batalhão de Ações Especiais de Polícia (BAEP) e três homens que estavam com armamentos de guerra e coletes à prova de balas, suspeitos de participarem do ataque a um carro-forte dois dias antes.
Pereira foi atingido por um tiro na cabeça. Foi socorrido e levado em estado gravíssimo para o HC-UE, em Ribeirão Preto, onde morreu depois de 18 dias de internação. A Polícia Civil aguarda laudo da balística para descobrir de onde partiu o tiro que resultou na morte do motorista piauiense. O corpo deve ser levado para Teresina, onde será sepultado, mas ainda não há informações do velório.
Carro-forte
Pelo menos 16 homens fortemente armados atacaram um carro-forte na noite de 9 de setembro, entre Restinga e Batatais, na altura do km 384 da Rodovia Cândido Portinari. Eles destruíram o carro-forte, mas fugiram sem levar nada. Na ação e durante a fuga, cinco pessoas foram feridas (três vigilantes do carro-forte, uma pessoa que trabalhava em uma usina e um PM, ambos durante a fuga).
No dia 10, um homem procurou socorro em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), na cidade de Valinhos, próximo a Campinas. Os médicos identificaram o ferimento de fuzil no pé, mas o homem insistia em afirmar que se feriu durante uma obra de construção civil.
A PM foi chamada e descobriu que o homem apresentou documentos falsos e já havia sido preso outras vezes, inclusive em dezembro de 2023, acusado de armazenar grande quantidade de armas de grosso calibre, semelhante às usadas pelos criminosos no ataque do carro-forte. A Polícia Civil descobriu que ele chegou ao local em um Jeep Renegade da cidade de Franca.
Ele foi preso, suspeito de envolvimento no ataque ao carro-forte, e transferido para a cadeia de Franca. No depoimento, ficou em silêncio e não respondeu às perguntas.
Tiroteio
No dia 11 de setembro, por volta de 15h00, três homens seguiam em um Mitsubishi Outlander Comforte marrom pela Rodovia Altino Arantes (SP-351), em Altinópolis, quando foram avistados por três viaturas do BAEP que faziam patrulhamento. O trio desrespeitou sinal de parada e iniciou uma fuga. A PM iniciou a perseguição aos suspeitos.
O carro em fuga acessou a Rodovia Joaquim Ferreira (SP-338). Um grande número de viaturas foi até o local e a rodovia foi fechada pela Polícia Militar Rodoviária (PMRv) em um trecho de 26 quilômetros, entre o km 311 e o km 337.
Próximo ao entroncamento da SP-338 com a Rodovia Abrão Assed (SP-333), em Cajuru, começou o confronto. Os bandidos desceram do carro e passaram a disparar rajadas de tiros contra os policiais, que se defenderam. O caminhoneiro Lenilson da Silva Pereira, que trazia um caminhão com uma máquina para Ribeirão Preto, estava na linha de confronto e foi ferido na cabeça.
No tiroteio, morreram o Sargento Ribeiro e os três criminosos. Um verdadeiro arsenal foi apreendido com os mortos que confrontaram a PM. O caminhoneiro, ferido na cabeça, foi levado para o HC-UE e, mesmo após passar por cirurgias, não resistiu aos ferimentos e morreu após 18 dias de internação. As investigações prosseguem.