Tribuna Ribeirão
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GPS/Google Map/Wase 

Rui Flávio Chúfalo Guião *
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Noutro dia, mexendo em meus arquivos, encontrei um grande mapa rodoviário da Europa, que utilizei várias vezes em minhas viagens, antes do advento dos aplicativos de localização. Difícil de lidar no automóvel, com suas 22 folhas perfeitamente dobráveis, era de uma precisão extrema. Junto a ele, estavam vários mapas de países europeus,  também meus companheiros de férias.

Quando se planejava a viagem, era preciso estudar o mapa, analisar as rodovias, calcular as distâncias e tentar memorizar as rotas, embora as estradas fossem muito bem sinalizadas.

Sempre tive facilidade em manusear mapas. Quando morei em São Paulo para estudar Direito, frequentava o livrão com as ruas da capital, que me levava onde queria.

Em 1995, os Estados Unidos disponibilizaram parcialmente para os civis o sistema GPS – Global Positioning System ou Sistema Global de Localização, sistema eletrônico que  emite coordenadas em tempo real, para a navegação. O GPS é produto da Guerra Fria. Os soviéticos, com o lançamento do primeiro satélite artificial, o Sputnik, perceberam que poderiam usá-lo para controlar o tráfego na Terra. Para não ficarem atrás, os americanos gastaram 10 bilhões de dólares para criar o GPS, inicialmente para uso somente militar.

O GPS depende de 24 satélites artificiais americanos, em órbita constante, que nos rodeiam a cada 12 horas. Estações terrestres captam os dados daqueles satélites e os direcionam para os usuários, dando-lhes a correta posição. Permite também que, a partir de sua localização, possam ser feitas rotas para determinado destino.

Por bastante tempo, o GPS foi  o único sistema disponível. Era necessário comprar um aparelho para sua instalação, aparelho este que necessitava de atualização anual. Aderido ao painel do carro, indicava a localização e rotas definidas.

Quando se alugava um carro no exterior, pagava-se separadamente pelo uso do GPS. Ao receber o veículo, era-se sempre advertido de que o aparelho deveria ser retirado do carro, quando este não estivesse sendo usado, pois era objeto preferido de furto.

O GPS até hoje é importante auxiliar em várias atividades, a maioria restrita ao exército americano. Como instrumento de marketing, por exemplo, pode ser usado para localizar potenciais clientes, analisando suas preferências.

Além do GPS, surgiram vários aplicativos, como o Google Map, considerado exemplar, mas a primazia logo se firmou no Wase, sistema desenvolvido em Israel, que, além de ser atualizado automaticamente, indica não só as rotas para se atingir determinado destino, como aponta congestionamentos e rotas alternativas.

A maioria dos últimos modelos de automóveis permite baixar o Wase em seu painel eletrônico, que também é encontrado nos smartphones.

Estes aplicativos aposentaram os mapas, embora quando visitamos cidades no exterior é comum nos fornecerem uma planta do centro das mesmas.

Os smartphones nos permitem o uso de vários sistemas de navegação.

* Advogado e empresário, é presidente do Conselho da Santa Emília Automóveis e Motos e Secretário-Geral da Academia Ribeirãopretana de Letras 

 

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