A mediana do relatório Focus para Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – indexador oficial – de 2024 subiu pela décima semana consecutiva, de 4,35% para 4,37%, distanciando-se ainda mais do centro da meta (3%) e aproximando-se cada vez mais do teto de 4,5%. Um mês antes, estava em 4,25%.
Considerando apenas as 97 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana do mercado para o IPCA de 2024 passou de 4,37% para 4,40%, contra 4,25% de um mês atrás. Para a inflação de 2025 passou de 3,95% para 3,97%, ante 3,93% de um mês atrás, segundo o Boletim Focus.
Considerando apenas as 96 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana do mercado para o IPCA de 2025 passou de 3,97% para 4,00%. O BC espera inflação de 4,3% este ano e de 3,7% no ano que vem, no cenário de referência.
As medianas para os horizontes mais longos também se mantiveram descoladas do centro da meta. Para 2026, oscilou de 3,61% para 3,62%, aumentando pela segunda semana consecutiva. Para 2027, segue em 3,50% pela 64ª semana consecutiva, indica no Focus.
As expectativas para esses dois anos estão acima do centro da meta, de 3%, com tolerância de 1,5 ponto para mais ou para menos. O Comitê de Política Monetária (Copom) considera o primeiro trimestre de 2026 como seu horizonte relevante e espera que a inflação atinja 3,5% no período.
IGP-M – A mediana das estimativas do mercado financeiro para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de 2024 subiu de 3,709% para 3,75%. Um mês antes, ela era de 3,77%. A estimativa para 2025 ficou estável, em 4,00%, mesmo nível de um mês antes. O indexador é calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
Selic – A mediana das estimativas do mercado financeiro no relatório Focus do Banco Central para a taxa Selic no fim de 2024 subiu de 11,25% para 11,50% após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) da semana passada, indicando que o mercado já aguarda pelo menos um aumento de 0,5 ponto percentual (pp) nos juros este ano.
Na última quarta-feira (18), o colegiado elevou os juros em 0,25 ponto percentual, de 10,5% para 10,75%. Como só há mais duas reuniões do Copom este ano, a expectativa de uma Selic de 11,5% no fim de 2024 exigiria que houvesse uma alta maior, de 0,5 ponto, em uma delas.
Considerando apenas as 83 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para a Selic no fim de 2024 passou de 11,25% para 11,75% – indicando que o Copom elevaria os juros em 0,5 ponto tanto na reunião de novembro, como na de dezembro.
A estimativa intermediária para os juros no fim de 2025 se manteve em 10,50%, mas, considerando as 82 projeções atualizadas os últimos cinco dias úteis, subiu a 10,75%–– sugerindo menos espaço para cortes no ano que vem. As projeções para o fim de 2026 e 2027 se mantiveram em 9,50% e 9,0%, respectivamente.
PIB e dólar – O Relatório de Mercado Focus elevou pela sexta semana consecutiva a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – de 2024. A mediana para a alta da atividade deste ano subiu se 2,96% para 3,00%, segundo o BC. Há um mês era de 2,23%.
Considerando apenas as 52 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa intermediária para o crescimento do PIB de 2024 segue em 3,00% Para 2025, o documento prevê crescimento de 1,90%. Quatro semanas antes, estava em 1,86%.
Considerando as 51 respostas do mercado nos últimos cinco dias úteis, subiu de 1,90% para 1,91%. Em relação a 2026, a mediana continua em 2,00% pela 59ª semana consecutiva. O boletim ainda traz a estimativa de crescimento para 2027, que se mantém em 2,00% por 61 semanas. A estimativa do Ministério da Fazenda para o crescimento do PIB de 2024 é de 3,2%
A última estimativa divulgada pelo Banco Central, no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de junho, indicava crescimento de 2,3% para o PIB brasileiro este ano. A mediana para o dólar no fim de 2024 se manteve em R$ 5,40, contra R$ 5,32 um mês antes. A projeção para 2025 também ficou inalterada, em R$ 5,35, de R$ 5,30 quatro semanas atrás.
A estimativa intermediária para o superávit da balança comercial deste ano oscilou para baixo, de US$ 82,87 bilhões para US$ 81,0 bilhões, contra US$ 83,53 bilhões um mês antes. Para 2025, passou de US$ 77,65 bilhões para US$ 76,29 bilhões, ante US$ 79,50 bilhões há quatro semanas.