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Fumaça volta a escurecer RP  

Na tarde desta quinta-feira, 12 de setembro, a fumaça e a fuligem voltaram a poluir Ribeirão Preto 

Uma nuvem de fumaça cobriu a cidade por volta de 16 horas devido a incêndios na região: poluição alterou a tonalidade do Sol e da Lua (Alfredo Risk)

Ribeirão Preto continua em alerta contra os incêndios florestais. O risco de ocorrer novas queimadas na região é elevado devido à estiagem que já dura cinco meses, desde meados de abril –, ao calor excessivo e à baixa umidade relativa do ar. A situação é de emergência, segundo a Defesa Civil do Estado de São Paulo e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

De acordo com a Defesa Civil do Estado de São Paulo, a baixa qualidade do ar ocasionada pelas queimadas se agrava pela atuação de uma massa de ar quente, seco e estável, aliada à ausência de chuvas, o que dificulta a dispersão dos poluentes.  Na tarde desta quinta-feira, 12 de setembro, a fumaça e a fuligem voltaram a poluir Ribeirão Preto.

Uma nuvem de fumaça cobriu a cidade por volta de 16 horas devido a incêndios na região. A poluição alterou a tonalidade do Sol e da Lua.
O Mapa de Risco de Incêndio do órgão indica nível de emergência para queimadas em quase todo o território paulista até este sábado, 14 de setembro, inclusive nas regiões de Ribeirão Preto, Franca e Barretos.

O número de focos de calor cresceu 386% entre janeiro e agosto deste ano, na comparação com 2023.  De acordo com a Cetesb, a qualidade do ar na cidade está “ruim” há sete dias, desde a sexta-feira passada (6). Entre 2 e 5 de setembro estava “muito ruim”. No final de semana dos incêndios mais intensos, entre 24 e 25 de agosto, chegou a “péssima”, o pior nível de medição. Apesar da melhora, a cidade ainda convive com fumaça, poeira e fuligem.

Na quarta-feira (11), um incêndio em canavial forçou a interdição da rodovia vicinal Mário Titoto, entre Altinópolis e Serrana, na região Metropolitana de Ribeirão Preto Dados do BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), apontam que seis das dez cidades com mais focos de incêndio registrados no estado de São Paulo entre 21 de agosto e o feriado de Sete de Setembro deste ano são da região de Ribeirão Preto.

Altinópolis lidera com 114 ocorrências, seguida de Pitangueiras, com 89. Depois aparecem Olímpia (70), Sertãozinho (63), Cajuru (62), Pontes Gestal (58), Pedregulho (53), Pontal (50), Altair (48) e Motuca (44). No total, as dez cidades contabilizaram 651 focos.

Nesta quinta-feira, ainda havia focos de queimadas em várias cidades da macrorregião. Fora m registrados incêndios e bloqueios de rodovias. Em Ituverava, a Rodovia Anhanguera (SP-330) foi interditada nos dois sentidos, mesmo cenário da Altino Arantes (SP-351), em Sales Oliveira. Foram constatados focos em Guará e Cristais Paulistas.

Durante esta semana, o fogo atingiu mais de 20 cidades da macrorregião. 
Tanto a Defesa Civil quanto o Corpo de Bombeiros atuam nesses locais para conter o fogo, e em regiões mais críticas estão em operação onze aeronaves para apoiar o combate aos incêndios. Na lista estão duas cidades da macrorregião: São Carlos; e Pedregulho.

Alerta vermelho – Além disso, cerca de 8.049 propriedades rurais foram afetadas pelos incêndios em 317 municípios. O Inmet e a Defesa Civil emitiram alerta vermelho de emergência para Ribeirão Preto por causa da baixa umidade relativa do ar, que na quinta-feira (5) repetiu o índice de 10% registrado no dia 3. Na segunda-feira (9) chegou a 11%

A temperatura pode ficar até 5ºC acima da média até dia 20 de setembro, com máxima acima de 35ºC. O clima é de deserto em Ribeirão Preto, situação de emergência.  A umidade do ar deve permanecer abaixo de 20% até sábado (14), entre 14% e 17%, subindo para 23% no domingo (15).

Nesta quinta-feira chegou a 12% entre 14 e 15 horas, depois de bater em 14% no início da tarde. Por volta das 16 horas estava em 13%. Os termômetros marcaram 34 graus Celsius na tarde de ontem, mas a máxima prevista era de 35ºC. No dia 5, a temperatura bateu recorde: 37,2ºC, a mais alta do ano. A média nesta época do ano em Ribeirão Preto é de 29ºC.

OMS Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), quando a umidade fica abaixo de 30% o município entra em estado de atenção e quando o índice é inferior a 20% a situação é de alerta. Abaixo de 12% já é considerado caso de emergência, o que pode agravar ainda mais a situação das queimadas.

Uma frente fria se aproxima do litoral paulista e deve elevar a umidade relativa do ar, mas a possibilidade de chuva na região a partir de domingo (15) ainda é baixa. Se vier água, deve ser de forma isolada. Segundo dados atualizados às 17 horas de ontem pela Climatempo, nesta quinta-feira a mínima foi de 19ºC e a máxima de 35 graus Celsius.

Nesta sexta-feira (13), os termômetros devem marcar entre 21ºC e 36ºC e a umidade fica abaixo de 20%, bem inferior do mínimo ideal de 60%.  No sábado (14), em Ribeirão Preto, a temperatura deve oscilar entre 22ºC e 37 graus, com a umidade em 17%. No domingo (15), fica entre 22ºC e 35ºC, com 33% de umidade.
Duas fotos

 

 

 

 

 

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