Por: Adalberto Luque
Um homem de 36 anos foi preso, na noite desta terça-feira (10), suspeito de participação no assalto ao carro-forte, ocorrido na véspera, entre Restinga e Batatais. O suspeito foi procurar atendimento médico na cidade de Valinhos, região metropolitana de Campinas.
Segundo informações, a Polícia Militar foi acionada pela Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Valinhos. De acordo com o Boletim de Ocorrência (B.O.), o homem teria dito ao médico que sofreu o ferimento no pé ao trabalhar em uma obra de construção civil. O médico suspeitou, pois o ferimento demonstrava ter sido causado por arma de fogo, mais especificamente por munição de fuzil.
Assim que a PM chegou à UPA, o homem estava com dois celulares e ressetou ambos, mesmo enquanto era suturado no ferimento. Os PMs foram questionar o suspeito. Ele deu o endereço de uma obra, onde supostamente teria se ferido. Também disse que foi levado até a UPA em uma caminhonete. E havia outras contradições. O endereço da obra não conferiu.
Ao buscarem imagens, os PMs verificaram que o homem foi deixado na UPA por uma mulher que usava um Jeep Renegade. Além disso, ao ser transferido para a Santa Casa de Valinhos, por conta do ferimento, ele forneceu um RG com foto diferente da que consta no sistema Muralha Paulista, do Governo de São Paulo.
Ele foi preso e ficou internado com escolta policial. Os dados foram repassados para a Polícia Civil na região de Ribeirão Preto, que investiga a ocorrência e a expectativa é que material genético seja encontrado na cena do crime para que ele siga preso durante as investigações.
A tentativa de assalto
Na noite de segunda-feira (9), pelo menos 16 homens fortemente armados renderam um motorista de caminhão, atravessando o veículo na Rodovia Cândido Portinari (SP-334), sentido Franca-Ribeirão Preto e bloqueando o trânsito. Em seguida, o grupo emparelhou com um carro forte que da Protege, que vinha para Ribeirão Preto.
Usando armamento pesado, passaram a atirar contra o veículo, com munições calibres 556 e .50, armas de alto poder de destruição, inclusive capaz de atravessar blindagem de um carro-forte. Na ação, um vigilante da empresa de transporte de valores foi ferido com um tiro e outros dois com estilhaços. O motorista do carro-forte não sofreu ferimentos.
O carro começou a pegar fogo e os criminosos fugiram sem levar nada. Na fuga, em pelo menos três pontos distintos, houve troca de tiros com a PM. Num deles, o funcionário de uma usina foi ferido com gravidade na perna. Os três vigilantes e o funcionário da usina foram levados para hospitais de Franca.
O grupo conseguiu, através de estradas secundárias, chegar até a Rodovia Abrão Assed (SP-333), que liga Cajuru a Ribeirão Preto. Na altura de Serra Azul, nova troca de tiros. Um PM do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (BAEP) foi ferido na perna com um tiro e levado para o Hospital das Clínicas – Unidade de Emergência.
Os criminosos chegaram a usar até mesmo um giroflex para tentar fugir da PM. Numa das trocas de tiro, um dos veículos dos criminosos pegou fogo e eles fugiram em outro carro, conseguindo despistar os policiais. As investigações prosseguem e a suspeita é que sejam integrantes de um grupo que praticou outros assaltos a carros-fortes, novo cangaço e cidade dominada, ações que aterrorizam pela violência e ocorreram em diversos pontos do Brasil.