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Seis são presos por golpes com falsos perfis

Criminosos se passavam por parentes das vítimas e pediam ajuda financeira alegando problemas para realizar transferências; em duas fases da Operação Embuste, foram 34 presos

Oito "Intermediários" foram presos na segunda fase da operação contra golpe do "falso perfil" ou "número novo" (Foto: Alfredo Risk)

Por: Adalberto Luque

A Polícia Civil prendeu, nesta quarta-feira (11), seis pessoas por envolvimento com golpes do “falso perfil” ou do “número novo”, praticados pela Internet. As seis prisões ocorreram em Ribeirão Preto no âmbito da segunda fase da Operação Embuste.

As investigações foram feitas pelo Setor Especializado de Combate aos Crimes de Corrupção, Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro (Secold) da Divisão Especializada em Investigações Criminais (DEIC). Segundo o delegado Rodolfo Latif Sebba, os criminosos causaram muito prejuízo financeiro às vítimas.

Os golpistas usam as redes sociais para obter informações e preparar o golpe. Usando perfis falsos, eles mandam mensagem para as vítimas através de aplicativo. Justificam que estão usando um novo número e pedem para o parente salvar o novo contato. Como tem a mesma foto do perfil verdadeiro, muitas das vítimas não desconfiam de nada.

Depois começam a mandar mensagens dizendo que estão tendo dificuldade para pagar uma conta, não estão conseguindo fazer, porque ou têm dinheiro ainda bloqueado, ou o banco está com o sistema instável. E pedem para a vítima ajudar. Em alguns casos, mandam boleto para ser pago. Em outros, pedem que o parente faça transferência via PIX para outra pessoa.

Essa outra pessoa é definida pela Polícia Civil como “conteiro”. São pessoas que alugam suas contas correntes, conscientes ou não do ato criminoso, para receber o dinheiro do golpe. Assim que o dinheiro entra na conta, o “conteiro” saca, pega sua parte e dá o restante para o grupo criminoso. Esses “conteiros” podem responder por estelionato e associação criminosa.

Delegado Rodolfo Sebba, que coordenou as duas fases da operação, resultando em 36 prisões (Foto: Alfredo Risk)

Na primeira fase, 28 “conteiros” foram presos e a Polícia Civil cumpriu 35 mandados de busca e apreensão, além de ter acesso integral ao conteúdo dos objetos apreendidos e quebras autorizadas de sigilos telefônicos e bancários dos envolvidos.

“Intermediários”

Na segunda fase, nesta quarta-feira, os alvos do Secold foram os chamados “intermediários”. A partir das primeiras prisões, com análise dos fluxos bancários, depoimentos e dados obtidos na primeira fase, foi possível avançar para os responsáveis por recrutar os “conteiros”.

Segundo Sebba, seis prisões temporárias foram feitas. Os agentes também cumpriram sete mandados de busca e apreensão, tento acesso integral ao conteúdo dos objetos apreendidos e obtiveram autorização para quebra dos sigilos telefônicos.

Apenas os investigados no chamado Núcleo de Ribeirão Preto foram abordados nesta segunda fase. “Vencida essa etapa, continuaremos avançando com o intuito de esgotar as investigações relacionadas aos outros núcleos”, concluiu o delegado.

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