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Incêndios mantêm região em alerta 

Inmet emitiu alerta de onda de calor para a região; temperatura pode ficar até 5ºC acima da média até 20 de setembro 

Mapa de Risco indica que há risco de incêndios nas regiões de Ribeirão Preto, Franca e Barretos: não há previsão de chuva para esta área do estado (Alfredo Risk)  

Ribeirão Preto continua em alerta contra os incêndios florestais. O risco de ocorrer novas queimadas na região é elevado devido à estiagem que já dura cinco meses, desde meados de abril , às altas temperaturas e à baixa umidade relativa do ar. A situação é de emergência, segundo a Defesa Civil do Estado de São Paulo e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).  
 
O Inmet emitiu alerta de onda de calor para a região. A temperatura pode ficar até 5ºC acima da média até pelo menos 20 de setembro. O Mapa de Risco, uma das ferramentas tecnológicas que auxiliam a Defesa Civil no monitoramento de queimadas em vegetação, indica a possibilidade de risco de incêndios nas regiões de Ribeirão Preto, Franca e Barretos. 
 
No final de semana, houve queimadas em Pedregulho e Ituverava, no entorno de Franca, e em Santa Cruz da Esperança, na Região Metropolitana de Ribeirão Preto, cidade onde residia a primeira vítima de incêndio da macrorregião. Carlos Roberto Prado, de 44 anos, morreu após duas semanas internado na Ala de Queimados do Hospital das Clínicas. A vítima teve 50% do corpo queimado devido a um incêndio em canavial no dia 25 de agosto.  
 
Dados do BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), apontam que seis das dez cidades com mais focos de incêndio registrados no estado de São Paulo entre 21 de agosto e o feriado de Sete de Setembro deste ano são da região de Ribeirão Preto. 
 
Altinópolis lidera com 114 ocorrências, seguida de Pitangueiras, com 89. Depois aparecem Olímpia (70), Sertãozinho (63), Cajuru (62), Pontes Gestal (58 ), Pedregulho (53), Pontal (50), Altair (48) e Motuca (44). No total, as dez cidades contabilizaram 651 focos. 
 
Até ontem, 15 pessoas já haviam sido presas no estado de São Paulo suspeitas de atearem fogo em áreas de vegetação. São nove na macrorregião de Ribeirão Preto: três prisões em Batatais, três em Franca, uma em Santo Antônio da Alegria, uma em Patrocínio Paulista e outra em Guaraci. 
 
As outras seis ocorreram fora da macrorregião: duas em São José do Rio Preto, uma em Pindorama, uma em Jales, outra em São Bernardo do Campo e mais uma em Salto. Além disso, em Porto Ferreira a Polícia Ambiental autuou dois homens por acender uma fogueira para limpeza da vegetação. 
 
Calor e secura Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) do estado, para os próximos dias as regiões norte, noroeste e oeste do estado continuarão com o tempo seco e sem chuvas. As temperaturas continuam em elevação, com a umidade relativa do ar diminuindo e atingindo níveis mais críticos, abaixo de 35%, deixando a sensação de tempo quente e abafado.  
 
Região Em Ribeirão Preto, Franca e Barretos temperaturas máximas de até 37 graus Celsius. A umidade do ar deve ser abaixo dos 20%. Na última quinta-feira (5), Ribeirão Preto registrou 10% de umidade relativa do ar e bateu o recorde de calor do ano, com a temperatura atingindo 37,2 graus. Desde 1º de setembro 81 unidades de conservação do estado de São Paulo foram fechadas em caráter emergencial.  
 
“A decisão foi tomada em resposta ao crescente risco de incêndios florestais, que colocam em perigo tanto os visitantes quanto as áreas de preservação”, diz a Fundação Florestal (FF). Inicialmente, o fechamento seguirá até quinta-feir5a, 12 de setembro, podendo ser revisado conforme as condições climáticas e os riscos associados.  
 
Durante este período, as equipes da Fundação Florestal estão em mobilização total, focadas em ações de prevenção, no monitoramento territorial e no combate aos incêndios, além de prestar apoio às comunidades vizinhas. Estação Ecológica de Ribeirão Preto, a Mata de Santa Tereza, está na lista.  
 
Desde o dia 23 de agosto, quando a situação se agravou, o governo de São Paulo mantém o Gabinete de Crise para reforçar o enfrentamento ao fogo. O número de focos de calor cresceu 386% entre janeiro e agosto deste ano, na comparação com 2023. Além disso, cerca de 8.049 propriedades rurais foram afetadas pelos incêndios em 317 municípios. O prejuízo estimado passa de R$ 1 bilhão.  
 

 
 

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