Por Hugo Luque
O Comercial fez uma verdadeira partida de time copeiro e avançou às quartas de final da Copa Paulista neste domingo, diante do Primavera, nos pênaltis, após empate em 1 a 1 no tempo normal. No Estádio Ítalo Mário Limongi, o Leão do Norte precisou buscar o resultado duas vezes: uma nos 90 minutos e outra nos pênaltis.
O goleiro Marcos, que cometeu uma falha com bola rolando, se redimiu da marca da cal, fez duas grandes defesas e ajudou a garantir o Bafo na próxima fase, apesar de uma gafe da arbitragem que quase custou caro para os ribeirão-pretanos.
Na próxima fase, os comandados de Renato Peixe encaram o Monte Azul, que deixou pelo caminho o Vocem. Alvinegro e Azulão já se enfrentaram duas vezes nesta Copa Paulista, no Grupo 2, com uma vitória para cada lado. As datas e horários serão divulgados nos próximos dias. A ida será no Palma Travassos.
O jogo
O primeiro tempo foi marcado por pouca criatividade e até um certo receio dos dois lados, que não queriam se expor em excesso. O gol do Primavera veio aos 42 minutos do segundo tempo. Marcos se enrolou na saída de bola e permitiu o ataque do mandante. Depois de um cruzamento ruim, a bola passou por todo mundo e sobrou do lado esquerdo. Mais um levantamento na área e, após uma dividida pelo alto, a bola sobrou para João Victor bater cruzado, rasteiro, para estufar da rede.
O Leão do Norte voltou do vestiário com outro ânimo depois que Renato Peixe fez alterações e voltou com uma equipe mais ofensiva. Logo no segundo minuto, Guilherme Teixeira lançou para o ataque, a bola quicou e enganou a defesa do Fantasma, sobrando para Emerson Silva. O camisa 17, em seu primeiro lance em campo, matou no peito e finalizou na saída do arqueiro para igualar.
Depois disso, o domínio passou a ser todo alvinegro. O Bafo criou oportunidades, mas faltava concluir em gol. Para ajudar, Bruno Lima, do time de Indaiatuba, foi expulso de campo aos 23 minutos. Aos 36, o Comercial teve sua melhor chance de virar. A bola bateu, rebateu e sobrou para um dos atacantes da equipe ribeirão-pretana, que finalizou na cara do gol, quase na pequena área, mas foi bloqueado pela zaga.
Na sequência do lance, Guilherme Teixeira cometeu uma falta para amarelo ao parar o contra-ataque. O árbitro, porém, cometeu um grave erro e deu o cartão para Gustavo Henrique, que já tinha um e acabou expulso. Nem mesmo os auxiliares corrigiram a nítida gafe, que prejudicou os visitantes e chamou os mandantes novamente ao ataque.
O Primavera quase venceu o jogo aos 45 minutos, primeiro com uma bola no travessão e, depois, em uma batida rasteira de fora da área, que obrigou Marcos a fazer uma defesa fundamental. Era um prenúncio do que viria poucos minutos mais tarde.
A partida acabou e a decisão foi para as penalidades máximas. Pelo Leão, Macena, Emerson Silva, João Marcos e Guilherme Teixeira fizeram. Emerson Muller, terceiro cobrador, bateu no mesmo canto dos batedores anteriores, o direito do goleiro, mas parou nas mãos de Levy.
O Primavera precisava apenas converter a quinta e derradeira cobrança para se classificar. Porém, Marcos saltou para defender em dois tempos, salvou o Bafo e levou a decisão para as alternadas.
Na sexta cobrança, Roberto Baggio fez o que seu xará italiano não conseguiu em 1994, e colocou a bola no fundo do gol. Em seguida, Guilherme Cerqueira, do Fantasma, bateu no canto esquerdo e parou em Marcos, que se agigantou para colocar o Comercial nas quartas de final da Copa Paulista.