O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 – prévia da inflação oficial no país – desacelerou de 0,39% em junho para 0,30% em julho, após altas de 0,44% em maio, 0,21% em abril e de 0,36% em março. Antes, disparou 0,78% em fevereiro, ante elevação de 0,31% em janeiro e avanço de 0,40% em dezembro de 2023.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 – prévia da inflação oficial no país – desacelerou de 0,30% em julho para 0,19% em agosto, após altas de 0,39% em junho, de 0,44% em maio, 0,21% em abril e de 0,36% em março. Antes, disparou 0,78% em fevereiro, ante elevação de 0,31% em janeiro e avanço de 0,40% em dezembro de 2023.
A última deflação ocorreu em julho do ano passado, de 0,07%. Em 2022, houve elevação de 0,13%. Em agosto do ano passado, estava em 0,28% Com o resultado, o IPCA-15 registrou um aumento de 3,02% no acumulado do ano, ante 2,82% até julho, 2,52% até junho, 2,12% até maio, 1,67% até abril, 1,46% até março e 1,09% até fevereiro, após alta de 0,31% em janeiro.
Em doze meses, a taxa caiu de 4,45% até julho para 4,35% – interrompendo sequência de duas acelerações consecutivas. Era de 4,06% até junho, de 3,70% até maio, de 3,77% até abril, de 4,14% até março e de 4,49% até fevereiro. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 27 de agosto, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A alta de 0,19% registrada em agosto pelo IPCA-15 foi a mais branda desde julho de 2023, quando havia recuado 0,07%. Levando em consideração apenas meses de agosto, o resultado foi o mais baixo desde 2022, quando houve queda de 0,73%. Em agosto, o avanço nos gastos com saúde foi pressionado pela alta de 0,58% nos planos de saúde.
O subitem exerceu a terceira maior pressão individual sobre a inflação do mês, uma contribuição de 0,02 ponto percentual para o IPCA-15, atrás apenas dos impactos da gasolina (0,17 ponto percentual) e do etanol (0,04 ponto), componentes do grupo Transportes.
Os gastos das famílias brasileiras com Educação passaram de uma elevação de 0,06% em julho para uma alta de 0,75% em agosto, uma contribuição positiva de 0,05 ponto percentual para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 deste mês.
O avanço no grupo foi puxado pelos cursos regulares, que subiram 0,77% em agosto, devido a reajustes, principalmente, nos subitens ensino superior (1,13%) e ensino fundamental (0,57%). Os cursos diversos aumentaram 0,47% em agosto, influenciados pela alta de 0,96% nos cursos de idiomas.
Grupos – Oito dos nove grupos de produtos e serviços que integram o IPCA-15 registraram altas de preços em agosto. Houve deflação apenas em Alimentação e bebidas, recuo de 0,80%, uma contribuição negativa de -0,17 ponto percentual. O maior aumento foi dos Transportes (0,83%, impacto de 0,17 ponto percentual).
Os demais são de Habitação (0,18%, impacto de 0,03 p.p.), Educação (0,75%, impacto de 0,05 p.p.), Artigos de residência (0,71%, impacto de 0,03 p.p.), Saúde e cuidados pessoais (0,27%, impacto de 0,04 p.p.), Vestuário (0,09%, sem impacto.), Despesas pessoais (0,43%, impacto de 0,04 p.p.) e Comunicação (0,09%, sem impacto).
Itens – O aumento de 3,33% nos preços da gasolina exerceu a maior pressão sobre o IPCA-15 de agosto. A contribuição do subitem para a variação do índice foi de 0,17 ponto percentual, enquanto a inflação cheia chegou a 0,19%. Também figuraram no ranking de maiores pressões os itens etanol (alta de 5,81% e impacto de 0,04 ponto percentual), plano de saúde (0,58% e 0,02 p.p.), gás de botijão (1,93% e 0,02 p.p.) e ensino superior (1,13% e 0,02 p.p.).
Na direção oposta, o tomate foi o item de maior influência negativa sobre a inflação de agosto, com queda de 26,59% e contribuição de -0,08 ponto percentual. Outros itens no ranking de maiores alívios sobre o IPCA-15 do mês foram batata-inglesa (queda de 13,13% e impacto de -0,04 p.p.), passagem aérea (-4,63% e -0,03 p.p.), cebola (-11,22% e -0,03 p.p.) e cenoura (-25,06% e -0,02 ponto percentual).
IPCA cheio – A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – indexador oficial – acelerou de 0,21% em junho para 0,38% em julho. A taxa acumulada pela inflação no ano está em 2,87%, ante 2,48% até junho. Como consequência, o índice em doze meses acelerou pelo terceiro mês consecutivo.
Passou de 4,23% em junho para 4,50%, maior patamar desde fevereiro (ou dezembro de 2023, de 4,62%) deste ano, quando também estava em 4,50%. A meta de inflação perseguida pelo Banco Central em 2024 é de 3,0%, com teto de tolerância de 4,50%.
A inflação por grupos
Alimentação – Os preços de Alimentação e bebidas caíram 0,80% em agosto, após queda de 0,44% em julho. O grupo deu uma contribuição negativa de 0,17 ponto percentual para o IPCA-15. Entre os componentes do grupo, a alimentação no domicílio teve queda de 1,30% em agosto, após ter recuado 0,70% no mês anterior.
A alimentação fora do domicílio subiu 0,49%, ante alta de 0,25% em julho. Entre os itens alimentícios que registraram deflação estão tomate (-26,59%), batata-inglesa (-13,13%) e cebola (-11,22%). A refeição fora de casa subiu 0,37%, e o lanche avançou 0,76%. Por outro lado, houve aumento em agosto no café moído: alta de 3,66% e contribuição de 0,02 ponto percentual.
Transportes – Os preços de Transportes subiram 0,83% em agosto, após alta de 1,12% em julho. O grupo deu uma contribuição positiva de 0,17 ponto percentual para o IPCA-15, que subiu 0,19% no mês. Os preços de combustíveis tiveram alta de 3,47% em agosto.
O setor já havia registrado alta de 1,39% no mês anterior. A gasolina subiu 3,33%, após ter registrado alta de 1,43% em julho, enquanto o etanol avançou 5,81% nesta leitura, após alta de 1,78% na última. O gás veicular avançou 1,31% e o óleo diesel, 0,85%.
Habitação – Os gastos das famílias brasileiras com Habitação passaram de uma elevação de 0,49% em julho para aumento de 0,18% em agosto, contribuição positiva de 0,03 ponto percentual para o IPCA-15. A energia elétrica residencial passou de alta de 1,20% em julho para um recuo de 0,42% em agosto.
Queda foi motivada pelo retorno da bandeira tarifária de amarela para verde. A energia elétrica ajudou a conter o IPCA-15 de agosto em -0,02 ponto percentual. Por outro lado, houve pressão do gás de botijão, que aumentou 1,93% em agosto, uma contribuição positiva de 0,02 ponto percentual.
Saúde – Os gastos das famílias brasileiras com Saúde e cuidados pessoais passaram de uma elevação de 0,33% em julho para uma alta de 0,27% em agosto, uma contribuição positiva de 0,04 ponto percentual para o IPCA-15, informou o IBGE.
Em agosto, o avanço nos gastos com saúde foi pressionado pela alta de 0,58% nos planos de saúde. O subitem exerceu a terceira maior pressão individual sobre a inflação do mês, uma contribuição de 0,02 ponto percentual para o IPCA-15, atrás apenas dos impactos da gasolina (0,17 ponto percentual) e do etanol (0,04 ponto), componentes do grupo Transportes.