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Casos de dengue superam 40 mil em RP

Já são 40.229 ocorrências em 227 dias deste ano, recorde histórico, além de 55.245 sob investigação e dez mortes

As 39.470 ocorrências deste ano já são o maior volume da história da cidade, superando em 12,63% o recorde de 35.043 registrado em 2016 (Divulgação)

Ribeirão Preto enfrenta mais uma epidemia de dengue. Nesta quarta-feira, 7 de agosto, a Secretaria Municipal da Saúde atualizou os dados de casos confirmados este ano. A cidade já tem mais de 40.000 vítimas do mosquito Aedes aegypti – vetor da doença, do zika vírus e da febre chikungunya.

As 40.229 ocorrências deste ano já são o maior volume da história da cidade, superando em 14,8% o recorde de 35.043 registrado em 2016. São 5.186 a mais em pouco mais de oito meses, além de 55.245 sob investigação. Também já soma 27.927 a mais que as 12.302 de 2023, aumento de 227,01%. Uma semana atrás, até 31 de julho, eram 39.470.

Em sete dias, o Aedes aegypti fez mais 759 vítimas, aumento de 1,92%.
Na semana anterior, a alta havia sido de 1,25%, de 38.982 para 39.470, mais 488. Entre 25 e 31 de julho, saltou 1,78%, de 38.302 para 38.982, mais 680. P número de casos vem caindo mês a mês com a chegada do o inverno – época de baixa umidade relativa do ar e estiagem –, mas nesta semana o viés é de alta.

A população não pode baixar a guarda. Ribeirão Preto já registrou dez mortes em decorrência de dengue em 2024, duas em janeiro, cinco em fevereiro, duas em março e uma em junho, segundo a Secretaria Municipal da Saúde. Outros 15 casos fatais ainda estão sob investigação. Em menos de oito meses, a cidade já superou o número de mortes no ano passado (nove).

Em menos de seis anos já são 33 óbitos. A média diária de casos neste ano é de 177 ocorrências, uma a cada oito minutos, aproximadamente. Os dados são do período entre 1º de janeiro e esta quarta-feira, 14 de agosto. São 243 notificações de casos suspeitos por dia, cerca de uma a cada seis minutos. Já são 37 casos neste mês e 659 em julho.

Na comparação com julho de 2023, quando 135 pessoas pegaram dengue, a alta chega a 388,15%. Foram 524 a mais no mês passado, mas recuou 77,41% em relação aos 2.917 de junho, 2.258 a menos. Também houve 8.409 em maio, 9.646 em abril, 9.156 em março, 6.385 em fevereiro e 3.020 em janeiro.

Em comparação com os 10.967 casos de dengue dos primeiros oito meses do ano passado, já são 29.262 a mais em 2024, avanço de 266,82% em apenas 227 dias de 2024. Os dados são atualizados semanalmente, com possibilidade de alterações pontuais

Ribeirão Preto fechou o ano passado com 12.302 casos de dengue (dado revisado), 4.820 a mais que os 7.482 do período anterior, crescimento de 64,42%. A média diária em 2023 ficou em 34. Em pouco mais de 14 anos, a cidade já registrou 201.094 casos de dengue. Há 224 ocorrências de febre chikungunya em 2024, dezenove importadas. No ano passado, foram 121, sendo 106 autóctones.

Faixa etária – No ano passado, das 12.302 vítimas, 4.454 pessoas têm entre 20 e 39, outras 3.033 estão na faixa dos 40 a 59 anos, 2.029 estão entre 10 e 19 anos, 1.455 têm mais 60 anos, 949 são crianças de 5 a 9 anos, 321 têm entre 1 e 4 anos e 61 são bebês com menos de 1 ano de idade. São 3.906 casos na Zona Leste, 2.896 na Oeste, 2.115 na Norte, 1.924 na Sul e 1.461 na Central.

Neste ano, 14.655 têm entre 20 e 39, outras 9.747 estão na faixa dos 40 a 59 anos, 6.585 estão entre 10 e 19 anos, 4.853 têm mais 60 anos, 2.886 são crianças de 5 a 9 anos, 1.247 têm entre 1 e 4 anos e 256 são bebês com menos de 1 ano de idade. São 11.265 casos na Zona Leste, 9.721 na Oeste, 8.412 na Norte, 6.083 na Sul e 4.653 na Central, além de 95 ainda sem identificação de distrito.

Entre 70% e 80% criadouros do mosquito estão dentro das casas. A maioria está em vasos, pneus e ralos. Somente nos mutirões do ano passado, foram recolhidos 60 toneladas de materiais inservíveis. São mais de 100 toneladas em pouco mais de seis meses, segundo a Secretaria Municipal da Saúde.

Casos de dengue em Ribeirão Preto
2009 – 1.700
2010 – 29.637
2011 – 23.384
2012 – 317
2013 – 13.179
2014 – 398
2015 – 4.419
2016 – 35.043
2017 – 248
2018 – 270
2019 – 14.520
2020 – 17.606
2021 – 360
2022 – 7.482
2023 – 12.302
2024 – 40.229 *
Total desde 2009: 201.094
* Até 14 de agosto

Eliminação do Aedes aegypti
* Eliminar pratos de plantas ou utilizar um prato justo ao vaso, que não permita acúmulo de água;
* Descartar pneus usados em postos de coleta da prefeitura;
* Retirar objetos que acumulem água de quintais, como potes e garrafas;
* Verificar possíveis vazamentos em qualquer fonte de água;
* Tampar ralos;
* Manter o vaso sanitário sempre fechado;
* Identificar sinais de umidade em calhas e lajes;
* Verificar a presença de organismos vivos em águas de piscinas ou fontes ornamentais.

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