O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou, na semana passada, o limite de gastos para as campanhas de prefeito e vereador em cada um dos 5.569 municípios do Brasil. As quantias estabelecidas pela Corte Eleitoral deverão ser seguidas pelos partidos e coligações durante as eleições de outubro. OSET atualizou os valores com base no pleito de 2016.
Em Ribeirão Preto, cada candidato a prefeito poderá gastar até R$ 3.702.434,22 no primeiro turno, valor 47,96% acima dos R$ 2.502.381,09 do pleito de 2016, segundo correção com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – indexador oficial da inflação.
O Índice é calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São R$ 1.200.053,13 a mais neste ano. O valor do segundo turno será de R$ 1.480.973,69, caso haja necessidade. Até esta segunda-feira, 22 de julho, Ribeirão Preto tinha sete candidatos a prefeito.
O primeiro turno está marcado para 6 de outubro – o segundo, caso haja necessidade, será no dia 27 do mesmo mês. Seguindo o limite imposto pelo TSE, hoje a campanha para prefeito em Ribeirão Preto custaria R$ 25.917.039,54 apenas na primeira rodada. Se houver votação complementar, serão mais R$ 2.961.947,38, totalizando R$ 28.878.986,92.
Câmara – Para a Câmara de Ribeirão Preto, cada candidato a vereador poderá gastar R$ 271.818,19, ante R$ 183.715 da eleição de 2016, acréscimo de R$ 88.103,19. Considerando apenas os 22 eleitos, o gasto na campanha à vereança pode chegar a R$ 5.980.000,18.
Cada partido pode lança 23 candidatos a vereador, com teto de R$ 6.251.818,37 por sigla. Pelo menos 20 legendas vão participar do pleito de outubro em Ribeirão Preto. Se todos os partidos lançarem 23 nomes à vereança, o total de gastos nas eleição legislativa será de R$ 125.036.367,74.
Desistências – Na sexta-feira (19), o Podemos desistiu de ter candidatura própria para prefeito de Ribeirão Preto e também e vai apoiar o deputado federal Ricardo Silva, de 38 anos, do Partido Social Democrata (PSD), nas eleições municipais deste ano. O coronel reformado da Polícia Militar, Luís Henrique Usai, de 60 anos, era o pré-candidato da legenda.
Usai é o sexto pré-candidato a desistir da prefeitura de Ribeirão Preto para apoiar outro candidato. Dentre o sexteto, é o quarto a declarar apoio a Ricardo Silva. Os dois divergentes são o ex-secretário de Justiça e da Casa Civil do governo Duarte Nogueira, Alessandro Hirata, advogado de 45 anos, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), e o professor Mauro Inácio (55 anos, Partido Socialismo e Liberdade – PSOL).
Hirata sairá como vice na chapa encabeçada pelo ex-vereador e ex-secretário municipal de Esportes, o empresário do ramo de alimentação André Trindade (União Brasil), de 45 anos. Além deles, também já deixaram a disputa o atual vice-prefeito Daniel Gobbi (41 anos, Progressistas – PP), o presidente da Câmara Isaac Antunes (40 anos, Partido Liberal – PL) e o também vereador Igor Oliveira (40 anos, Movimento Democrático Brasileiro – MDB).
“Prefeituráveis” – Ribeirão Preto tem agora sete pré-candidatos a prefeito para as próximas eleições municipais. O primeiro turno está marcado para 6 de outubro – o segundo, caso haja necessidade, será no dia 27 do mesmo mês. O número de “prefeituráveis” está abaixo do recorde de nove postulantes do pleito de 2016. Além de Silva e Trindade, ainda está na disputa o advogado Jorge Roque (46 anos, Partido dos Trabalhadores – PT).
Os demais são a ex-reitora da Universidade de São Paulo (USP), Suely Vilela (70 anos, Partido Socialista Brasileiro – PSB), o engenheiro químico e empresário Marco Aurélio Martins (53 anos, Novo), o empresário e professor Jason Albuquerque (36 anos, Partido da Mulher Brasileira – PMB) e o juiz aposentado Ismar Cabral Menezes (55 anos, Agir).
Mauro Inácio vai apoiar Jorge Roque. Já Daniel Gobbi, Isaac Antunes e Igor Oliveira vão apoiar Ricardo Silva. O vice dele deve ser o vereador Alessandro Maraca (MDB), indicado pelo presidente nacional da legenda, deputado federal Baleia Rossi (MDB). O Republicanos do governador Tarcísio de Freitas também declarou apoio a Silva.
O período das convenções partidárias que vão oficializar as candidaturas para prefeito, vice-prefeito e vereadores nas eleições municipais começou no últio sábado (20). O prazo é estabelecido no Calendário Eleitoral pela Resolução n° 23.738/2024 do Tribunal Superior eleitoral (TSE).
Eleitorado – Ribeirão Preto tem 477.595 pessoas a aptas a votar em outubro, segundo balanço final divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral. O crescimento chega a 8,09% sobre os 441.845 ribeirão-pretanos que podiam votar no último pleito municipal, em 2020. São 35.750 a mais neste ano. Em relação a 2.022, são 9.934 a mais, crescimento de 2,12%. As mulheres formam a maioria do eleitorado ribeirão-pretano. São 257.901 eleitoras (54%), contra 219.694 homens (46%).
São Paulo – Em São Paulo (SP), que possui o maior eleitorado do país, os partidos poderão gastar até R$ 67.276.114,60 na campanha de prefeito em primeiro turno. Em eventual segundo turno, a quantia permitida é de R$ 26.910.445,80. A candidatura de vereador, por sua vez, poderá receber até R$ 4.773.280,39.
Candidatos a prefeito de RP
– Ricardo Silva (PSD)
– Jorge Roque (PT)
– André Trindade (União Brasil)
– Suely Vilela (PSB)
– Marco Aurélio Martins (Novo)
– Ismar Cabral (Agir)
– Jason Albuquerque (PMB)
Gastos de campanha
Teto para prefeito
Em 2016: R$ 2.502.381,09
Em 2024: R$ 3.702.434,22
Segundo turno de
2024: R$ 1.480.973,69
Teto para vereador
Em 2016: R$ 183.715
Em 2024: R$ 271.818,19