Uma expedição ao Titanic vai acontecer neste mês de julho, um ano após a tragédia do submarino Titan, que implodiu a caminho do naufrágio histórico. A Expedição Titanic 2024 vai tentar inspecionar a área e os destroços do navio que bateu em um iceberg e afundou em 14 de abril de 1912.
Organizada pela RMS Titanic Inc., que possui os direitos de salvamento da embarcação, a próxima expedição será uma missão não tripulada. Essa será a primeira visita da empresa ao naufrágio desde 2010. Em 2023, o governo dos Estados Unidos tentou impedir a expedição.
Citava uma lei federal e um acordo com o Reino Unido para tratar o Titanic como um memorial para vítimas do naufrágio As visitas ao naufrágio têm sido uma fonte de controvérsia desde que sua descoberto em setembro de 1985, com muitos sobreviventes e familiares das vítimas pedindo que a área seja deixada em paz devido ao seu status como local de sepultamento.
A empresa, no entanto, obteve uma permissão para explorar o navio ao apresentar um planejamento que “busca minimizar a perturbação ao restante do naufrágio do Titanic, incluindo o casco da embarcação e os restos daquelas 1,5 mil vidas perdidas no naufrágio”.
De acordo com informações do jornal britânico The Independent, a RMS Titanic Inc. disse que a viagem deste mês será realizada por veículos operados remotamente (ROVs) e seus preparativos estão conforme o planejado. A empresa revelou que planeja manter os veículos na água por 20 dias completos para obter o máximo de informações possível sobre o local do naufrágio.
“As imagens capturadas revelarão novos insights importantes sobre a condição do local, áreas e artefatos em risco, e contribuirão para os esforços contínuos de conservação e iniciativas educacionais já em andamento”, afirmou a empresa, em comunicado.
Tragédia do submarino Titan – A nova expedição vai acontecer a pouco mais de um ano depois do desastre do submarino Titan, que tirou a vida de cinco homens. O submarino fez seu último mergulho em 18 de junho de 2023, uma manhã de domingo, e perdeu contato com seu navio de apoio cerca de duas horas depois. A equipe de buscas enviou navios, aviões e outros equipamentos para a área, cerca de 700 quilômetros ao sul de St. John’s, no Canadá.
A implosão matou do cofundador da OceanGate, proprietária do Titan, Stockton Rush, dois membros de uma família paquistanesa, Shahzada Dawood e seu filho Suleman Dawood; o aventureiro britânico Hamish Harding; e o especialista em Titanic Paul-Henri Nargeolet.