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IPCA desacelera a 0,39% em junho

Com o resultado anunciado nesta terça-feira, 28 de maio, acumula alta de 4,06% em doze meses e de 2,52% no primeiro semestre 

O aumento de 8,84% no leite longa vida exerceu a maior pressão sobre o IPCA-15 de junho: subitem deu uma contribuição de 0,07 ponto percentual (Alfredo Risk )

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 – prévia da inflação oficial no país – desacelerou de 0,44% em maio para 0,39% em junho, após alta de 0,21% em abril e de 0,36% em março. Antes, disparou 0,78% em fevereiro, ante elevação de 0,31% em janeiro e avanço de 0,40% em dezembro de 2023. A última deflação ocorreu em julho do ano passado, de 0,07%.  
 
A inflação deste mês é a mais acentuada para o mês desde 2022, quando subiu 0,69%. Fechou junho do ano passado com alta de apenas 0,04%. Com o resultado anunciado nesta quarta-feira (26), acumula alta de 4,06% em doze meses, interrompendo uma sequência de três quedas seguidas era de 3,70% até maio, de 3,77% até abril, de 4,14% até março e de 4,49% até fevereiro.  
 
Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em cinco meses do ano, a inflação represada está em 2,52%, ante 2,12% até maio, 1,67% até abril, 1,46% até março e 1,09% até fevereiro, após alta de 0,31% em janeiro e 0,31. É a quinta alta seguida. Os gastos com Habitação passaram de elevação de 0,25% em maio para aumento de 0,63% em junho, contribuição positiva de 0,10 ponto percentual. 
 
Sete dos nove grupos de produtos e serviços que integram o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 registraram altas de preços em junho, informa o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.Houve deflação em Transportes, recuo de 0,23% e contribuição negativa de -0,05 ponto percentual para o IPCA-15 no mês, e Artigos de residência, queda de 0,01%, sem impacto relevante. 
 
Os grupos com aumentos foram Alimentação e bebidas (0,98%, impacto de 0,21 ponto percentual), Habitação (0,63%, impacto de 0,10 p.p.), Educação (0,05%, sem impacto), Saúde e cuidados pessoais (0,57%, impacto de 0,08 p.p.), Vestuário (0,30%, impacto de 0,01 ponto percentual), Despesas Pessoais (0,25%, impacto de 0,03 p.p.) e Comunicação (0,17%, impacto de 0,01 p.p.). 
 
O aumento de 8,84% no leite longa vida exerceu a maior pressão sobre o IPCA-15 de junho. O subitem deu uma contribuição de 0,07 ponto percentual para a taxa de 0,39% em junho. Também figuraram no ranking de maiores pressões a batata-inglesa (alta de 24,18% e impacto de 0,06 ponto percentual), energia elétrica residencial (0,79% e 0,03 ponto) e arroz (4,20% e 0,03 ponto percentual). 
 
Na direção oposta, a passagem aérea foi o item de maior influência negativa sobre a inflação de junho, com queda de 9,87% e contribuição de -0,07 ponto percentual. Outros itens no ranking de maiores alívios sobre o IPCA-15 do mês foram banana-prata (queda de 8,49% e impacto de –0,02 ponto percentual) e mamão (-10,22% e -0,02 ponto percentual). 
 
Alimentação Os preços de Alimentação e bebidas aumentaram 0,98% em junho, após alta de 0,26% em maio. O grupo deu uma contribuição positiva de 0,21 ponto percentual para o IPCA-15. Entre os componentes do grupo, a alimentação no domicílio teve alta de 1,13% em junho, após ter avançado 0,22% no mês anterior.  
 
A alimentação fora do domicílio subiu 0,59%, ante alta de 0,37% em maio.  A refeição fora de casa subiu 0,51%, e o lanche avançou 0,80%. Os itens que mais contribuíram para a alta de preços foram batata inglesa (24,18%), leite longa vida (8,84%), arroz (4,20%) e tomate (6,32%). Por outro lado, houve reduções no feijão carioca (-4,69%), cebola (-2,52%) e frutas (-2,28%).  
 
No acumulado do ano, de janeiro a junho de 2024, o grupo Alimentação e bebidas acumula alta de preços de 5,37%. No mesmo período, a alta do IPCA-15 como um todo está em 2,52%. A alimentação no domicílio acumula um aumento de 6,49% no ano.  
 
Os cereais, leguminosas e oleaginosas subiram 13,13%; os tubérculos, raízes e legumes saltaram 45,15%; e hortaliças e verduras, 11,61%; frutas, 12,22%; e leites e derivados, 8,14%. Já as carnes acumulam um recuo de preços de 2,46% no acumulado do ano. O custo da alimentação fora do domicílio subiu 2,53% no acumulado do ano. 
 
Transportes Os preços de Transportes caíram 0,23% em junho, após alta de 0,77% em maio. O grupo deu uma contribuição negativa de 0,05 ponto percentual para o IPCA-15. Os preços de combustíveis tiveram queda de 0,22% em junho, após avanço de 2,10% no mês anterior. O preço do gás veicular encolheu 0,46%. 
 
A gasolina caiu 0,13%, após ter registrado alta de 1,90% em maio, enquanto o etanol recuou 0,80% nesta leitura, após alta de 4,70% na última. No acumulado do ano, de janeiro a junho, os custos com Transportes têm queda de 0,50%. A passagem aérea acumula um recuo de 42,22% no ano. Já a gasolina aumentou 4,50% no acumulado de janeiro a junho, e o etanol subiu 7,14%. 
 
IPCA cheio – A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – indexador oficial acelerou de 0,38% em abril para 0,46% em maio, segundo o IBGE. É o resultado mais alto para o mês desde 2022, quando ficou em 0,47%, e também é superior ao apurado em maio do ano passado (0,23%).  
 
A taxa acumulada nos primeiros cinco meses do ano está em 2,27% até maio, ante 1,80% até abril. Após sete quedas seguidas, a inflação acumulada em doze meses saltou de 3,69% até abril – a menor desde junho de 2023, quando estava em 3,16% – para 3,93% em maio, voltando ao patamar de março, após atingir 4,50% até fevereiro. 
 

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