Vacinação contra a pólio vai até dia 30  

O governo de São Paulo prorrogou, por meio Secretaria de Estado da Saúde (SES), a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite até o final do mês, dia 30 de junho, para os 645 municípios. O público-alvo são as crianças de um a quatro anos.  
 
Os menores de um ano deverão atualizar a vacina da poliomielite de acordo com o calendário de vacinação, iniciando ou completando a caderneta de acordo com a idade. As Unidades Básicas de Saúde (UBS) de todo o estado estão abertas desde 27 de maio para imunizar os pequenos contra a paralisia infantil 
 
A Secretaria Municipal da Saúde não se manifestou sobre a prorrogação, mas deve seguir a orientação da pasta estadual. Todas as crianças dessa faixa etária precisam receber uma dose da vacina contra a doença. Mesmo quem já tenha o esquema de vacinação completo.  
 
Ribeirão Preto tem 37 salas de vacinas nas unidades de saúde para atender o público-alvo, estimado em 37 mil crianças, em horários diferenciados. Mayra Fernanda de Oliveira, coordenadora do programa de Imunização da Secretaria Municipal da Saúde, diz não há casos de poliomielite no Brasil desde 1989.  
 
A poliomielite, doença infectocontagiosa aguda, é caracterizada pela contaminação pelo poliovírus que pode causar paralisia muscular dos membros inferiores, de forma assimétrica e irreversível, em casos graves podendo evoluir a óbito, sendo a vacinação a principal forma de prevenção.   
 
Foram aplicadas, no estado, 185.247 doses até o dia 12 de junho, de acordo com dados da SES. Com a prorrogação da campanha, o objetivo é que a cobertura vacinal seja ampliada. A medida faz parte do processo de mudança do esquema vacinal das crianças. 
 
Essa alteração se deve às conquistas obtidas no processo de interrupção do poliovírus no Brasil. A pólio selvagem está eliminada no Brasil desde 1989 e em São Paulo desde 1988. O ato fez com que o país recebesse a certificação de área livre da doença em 1994. A maioria das pessoas infectadas não manifesta sintomas ou apresenta poucos sintomas. 
 
São similares a outras doenças virais, como febre, mal-estar, dor de cabeça, dor de garganta e no corpo, sintomas gastrointestinais (náuseas e vômitos), constipação (prisão de ventre), espasmos, rigidez na nuca, meningite e , nas formas mais graves, instala-se a flacidez muscular, que afeta, em regra, um dos membros inferiores 
 
No Brasil, a partir deste ano, a vacina oral contra a pólio está sendo gradativamente substituída pela versão inativada e injetável do imunizante. A forma injetável é aplicada aos dois, quatro e seis meses de vida, conforme o Calendário Nacional de Vacinação.  
 
Após o período de transição, que começou no primeiro semestre deste ano, crianças que completarem as três primeiras doses da vacina irão tomar apenas um reforço com a injetável aos 15 meses. A dose de reforço, até então administrada aos quatro anos, não será mais necessária. 
 
Em 2022, das 2.561.922 crianças nascidas vivas no Brasil, 243.008 estavam sem a primeira dose da vacina que protege contra a poliomielite, também conhecida como paralisia infantil. No ano passado, de 2.423.597 crianças nascidas vivas, 152.521 crianças estavam sem a dose – uma redução de mais de 90 mil no total de crianças sem a imunização.  
 
Os dados são do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). A meta do Ministério da Saúde é vacinar 95% de um total de 13 milhões de crianças na faixa etária definida. A expectativa é reduzir o número de crianças não imunizadas e o risco de reintrodução do poliovírus no Brasil. Em nota, a pasta destacou que a vacinação é a única forma de prevenção contra a doença.