A produção industrial cresceu em dez dos 15 locais pesquisados em abril ante março, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apenas cinco locais registraram retração.
Em São Paulo, maior parque industrial do país, houve uma expansão de 1,9%. Os demais avanços ocorreram no Paraná (12,8%), Pernambuco (12,2%), Mato Grosso (4,4%), Amazonas (4,2%), Ceará (3,9%), Espírito Santo (2,7%), Santa Catarina (0,4%), Rio Grande do Sul (0,2%) e Rio de Janeiro (0,1%).
Na direção oposta, houve perdas no Pará (-11,2%), Bahia (-5,4%), Goiás (-0,9%), Minas Gerais (-0,5%) e Região Nordeste (-0,1%). Na média global, a indústria nacional encolheu 0,5% em abril ante março. Segundo o IBGE, a produção industrial cresceu em 16 dos 18 locais pesquisados em abril em relação ao mesmo mês do ano passado.
“Vale citar que abril de 2024 teve 22 dias úteis, quatro dias úteis a mais do que no mês do ano anterior, quando teve 18”, lembra o IBGE. Em São Paulo houve expansão de 10,8%. As demais altas ocorreram no Rio Grande do Norte (25,6%), Santa Catarina (16,0%), Pernambuco (13,2%) e Goiás (12,7%).
Também houve crescimento no Ceará (12,3%), Rio Grande do Sul (11,7%), Paraná (10,9%), Amazonas (10,0%), Espírito Santo (8,2%), Mato Grosso (8,1%), Maranhão (7,6%), Rio de Janeiro (4,4%), Minas Gerais (3,7%), Região Nordeste (2,6%) e Mato Grosso do Sul (2,0%).
Na direção oposta, houve perdas apenas no Pará (-13,6%) e na Bahia (-3,5%). Na média global, a indústria nacional cresceu 8,4% em abril deste ano na comparação com o mesmo período de 2023, segundo a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional do IBGE.
O avanço de 1,9% na indústria de São Paulo em abril ante março mais do que recupera a perda de 0,4% acumulada nos dois meses anteriores de quedas consecutivas. Nos primeiros quatro meses de 2024, na série com ajuste sazonal, a produção industrial paulista teve elevação em dois: janeiro (+1,1%); fevereiro (-0,1%); março (-0,3%); e abril (+1,9%).
“Maior parque industrial do país, São Paulo foi o segundo local em influência positiva”, aponta o IBGE. Em abril ante março, a melhora na indústria paulista foi puxada pelo bom desempenho dos setores de alimentos, de derivados do petróleo e de veículos. A indústria de São Paulo responde por cerca de um terço de toda a produção industrial nacional.
Na média global, a indústria brasileira recuou 0,5% em abril ante março, com perdas concentradas em apenas cinco das 15 regiões pesquisadas. A maior contribuição positiva para a média nacional em abril partiu do Paraná, com avanço de 12,8%, após acumular perda de 12,6% nos meses de março e fevereiro.
O avanço local foi impulsionado pelo setor de derivados do petróleo, indústria de alimentos e de veículos. Outro destaque positivo na pesquisa de abril foi Pernambuco, com alta de 12,2%, eliminando a queda de 3,5% registrada em março.
Já o principal responsável pela média global negativa da indústria em abril ante março foi o Pará, com recuo de 11,2% puxado pela indústria extrativa. A Bahia teve redução de 5,4% na produção, segunda principal influência negativa para a média nacional, devido a perdas nos setores de derivados do petróleo e produtos químicos.
A produção industrial operava em abril em nível superior ao de fevereiro de 2020, no pré-pandemia de covid-19, em dez dos 15 locais pesquisados, segundo os dados da pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Os parques industriais que superaram o pré-covid foram Mato Grosso (22,5% acima do pré-pandemia), Rio de Janeiro (10,3% acima), Amazonas (9,7% acima), Minas Gerais (8,9% acima), Goiás (8,1% acima), Santa Catarina (4,8% acima), Pernambuco (4,0% acima), Rio Grande do Sul (2,9% acima), São Paulo (1,8% acima) e Paraná (0,8% acima).
Na média nacional, a indústria brasileira operava em patamar 0,1% abaixo do pré-crise sanitária. Os locais com nível de produção aquém do pré-covid foram Espírito Santo (-6,3%), Ceará (-8,5%), Nordeste (-18,6%), Pará (-23,7%) e Bahia (-25,0%).