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Óbitos por dengue passam de 3,8 mil

Segundo o painel do Ministério da Saúde, Estado de São Paulo soma 1.762.090 casos e 1.104 mortes 

Aedes aegypti: número de casos de dengue registrados em 2024 é o maior da série histórica e supera em 253,95% o total de todo o ano passado (Divulgação/Fiocruz)

O Brasil superou a barreira de 5,8 milhões de casos de dengue e de 3.800 vítimas fatais em decorrência da doença. Desde o início do ano, já são 5.871.403 contágios e 3.832 mortes, segundo o Ministério da Saúde. Outros 2.894 óbitos estão em investigação. O coeficiente de incidência no país, neste momento, é de 2.891,4 ocorrências para cada grupo de 100 mil habitantes acima de 300 já é epidemia.

A taxa de letalidade é de 0,06 no geral e de 5,16 em casos graves, a pior epidemia da história. O número de casos registrados em pouco mais de cinco meses de 2024 também é o maior da série histórica. Supera em 253,95% os 1.658.816 de todo o ano passado, 4.212.587 a mais.

Além disso, superou a estimativa do Ministério da Saúde, que previa cerca de 4,2 milhões de ocorrências. Também quebrou o recorde de óbitos de 2023, de 1.079, o maior da série histórica iniciada em 2000. Os dados são do Painel de Monitoramento das Arboviroses, atualizados nesta quinta-feira, 13 de junho, pelo do Ministério da Saúde.

Do total de casos, 74.216 são graves ou com sinais de alarme. No balanço anterior eram 5.856.991 ocorrências no país – hoje são 14.412 a mais –, 2.884,3 por grupo de 100 mil habitantes. O país somava 3.780 mortes em decorrência da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e 2.923 estavam em investigação. Entre os casos prováveis, 54,9% são de mulheres e 45,1% de homens.

A faixa etária dos 20 aos 29 anos responde pelo maior número de ocorrências de dengue no país (1.072.644). Em seguida vêm os grupos de 30 a 39 anos (937.112) e de 40 a 49 anos (886.396). Segundo o painel do Ministério da Saúde, o Estado de São Paulo soma 1.762.090 contra 1.757.630 do balanço anterior.

De acordo com o painel, 18.669 dos 1.762.090 casos são graves com sinais de alerta. São 1.104 óbitos em decorrência da doença, ante 1.097 de quarta-feira (12). Estado decretou emergência após superar a marca de 300 casos por 100 mil habitantes. Oitenta por cento dos criadouros do mosquito Aedes aegypti estão dentro das casas.
 

Ribeirão Preto já tem o maior número de casos em oito anos, desde 2016, quando a dengue atingiu 35.043 pessoas. São 30.188 ocorrências em 2024 além de 47.037 sob investigação , 17.886 a mais que as 12.302 de 2023, aumento de 145,39% em pouco mais de cinco meses. Uma semana atrás, até 5 de junho, eram 27.847. Em sete dias, o Aedes aegypti fez mais 2.341 vítimas, aumento de 8,41%.

A população não pode baixar a guarda. Ribeirão Preto já registrou nove mortes em decorrência de dengue em 2024, duas em janeiro, cinco em fevereiro e duas em março, segundo a Secretaria Municipal da Saúde. Outros onze casos fatais ainda estão sob investigação. Em menos de seis meses, a cidade já igualou o número de mortes no ano passado (nove).

 

 

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