Cleison Scott *
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A Filosofia é estudada como mais uma disciplina, mas, não há como ensinar alguém a filosofar. A palavra Filosofia é de origem grega e significa: ‘Amor à Sabedoria’.
O mestre pode mostrar ao discípulo as conclusões que outros Seres Humanos já chegaram a respeito da Vida, mas, cada um chegará às suas próprias conclusões e a seu modo.
O avanço que a ciência alcançou desde que o homem conseguiu interagir com o imponderável no início do século XX, nos convence da lógica do pensamento de Albert Einstein: “Nunca chegaremos à Fonte, estudando suas consequências”. Esse avanço foi previsto há cerca de 100 anos por Nicola Tesla, quando disse: “A Ciência avançará em 10 anos mais do que o fez ao longo da história, quando começar a estudar o invisível” e exatamente isso aconteceu no momento do prenúncio de Tesla. As conclusões advindas desse estudo são a base da METASÍSICA.
Desde que Isaac Newton (1643 – 1727) lançou a base matemática para o Universo físico, a humanidade encantada com as novidades que traziam à luz inúmeros ‘mistérios’, mergulhou no estudo da matéria, relegando a um segundo plano a Metafísica e a Filosofia que existem desde que o homem existe, pois são inerentes à própria Vida, o grande Cisma que acompanha o ser humano até sua iluminação.
As invenções decorrentes do uso de uma matemática exata, rapidamente alçou o homem a um progresso várias vezes superior e mais confiável do que até então, período conhecido como ‘Revolução Industrial ’.
O encantamento tem sobre a espécie humana o condão de dificultar – quiçá impossibilitar – análise ponderada sobre os possíveis efeitos colaterais que qualquer ação acarreta. Abraçamos o materialismo com afinco e confiança desmedida, galgando-o como a mais útil e prática coisa a ser estudada. Os currículos escolares e os livros que lhe dão sustentação têm cunho eminentemente materialista, com exceção de disciplinas específicas, muitas vezes consideradas como devaneios, sem objetivo prático. O Homem moderno passou a bater no peito e dizer com orgulho: “Eu sou pragmático”.
Para um melhor aproveitamento das informações aqui exaradas, antes de continuar peço aos que leem, que gravem de maneira indelével em suas Mentes, a seguinte máxima da vida humana que, a primeira vista, parece não ter relação com a Verdade:
A única coisa que o Ser Humano quer é SER FELIZ!
A despeito de quase sempre ser atrelado à posse de algo, SER FELIZ é um sentimento interior, que até pode ter alguma conexão com o mundo material, mas, no fundo não depende dele. Tudo o que Ser Humano faz, direta ou indiretamente, tem a felicidade como ulterior objetivo. Muitas vezes, os sem número de compromissos que ele arruma o ocupa tanto, que esse e muitos outros sentimentos permanecem em camadas tão profundas que sequer são lembrados.
Outro sentimento que peço seja gravado indelevelmente é o seguinte:
O AMOR é a melhor amálgama para selar e acomodar qualquer situação!
Tudo relacionado à Vida e ao Ser humano têm muitas gradações e o Amor, assim como as colas têm diferentes qualidades. A crença na ‘separatividade’ e os sentimentos daí decorrentes, se constituem no maior entrave à evolução humana, além de ser o motivo aparente ou latente das desavenças, desde um ‘bate-boca’ no trânsito até os conflitos mundiais.
Embora passível de muito estudo e até de alguma polêmica, ser feliz e felicidade são duas coisas distintas, mas intrinsecamente ligadas. O ser feliz se manifesta no singular, na dimensão pessoal. A felicidade está ligada à nossa relação com o todo. Como são sentimentos ligados à nossa alma, não dependem diretamente de condições materiais. Ninguém consegue ser feliz de verdade em um mundo onde impera a infelicidade, pois em um nível profundo estamos todos interligados.
Todos têm objetivos e sonhos. Hoje, devido ao constante e profundo condicionamento do subconsciente coletivo a grande maioria, como massa de manobra, pensa que seus desejos individuais são o grande objetivo da vida, e que podem ser alcançados e mantidos num mundo onde imperam a desigualdade, a injustiça e o MEDO. A maioria acredita que basta se empenhar, com esforço físico, e muita esperteza, e, os propalados bens materiais que a mídia garante ser a base da felicidade, logo chegará trazendo a felicidade almejada, alegando não ter tempo para as coisas do Espírito, onde está a verdadeira Felicidade.
1 Se quiser saber o que a Revolução Industrial representou para a Alma Humana, leia “Tempos Difíceis” de Charles Dickens.
* Administrador de empresas com especialização em Marketing