Tribuna Ribeirão
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Nosso saneamento como exemplo 

Duarte Nogueira * 
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Até amanhã, sexta-feira, dia 24, Ribeirão Preto é sede da 52ª edição do Congresso Nacional de Saneamento Básico (CNSA), organizado pela Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento (Assemae), onde são discutidos assuntos ligados ao saneamento básico. 
 
O Congresso tem como objetivo promover o debate sobre o saneamento básico, através de apresentações e discussões técnicas, de modelos de sucesso de gestões municipais, possibilitando que municípios encontrem ferramentas para superar desafios e garantir a oferta de serviços de saneamento básico de qualidade para a população. 
 
E Ribeirão Preto recebeu o convite para participar do Congresso como município destaque na gestão de saneamento básico, pela qualidade dos serviços oferecidos à população. Mas a escolha do município para receber a nova edição do CNSA não foi apenas pelos altos índices de atendimento dos serviços de água e esgoto na cidade. A preferência se deu também pelos investimentos que vêm sendo feitos para melhorar o abastecimento e universalizar o saneamento básico da cidade.  
 
Ribeirão Preto tem 100% de atendimento de água, atingimos 99,72% de coleta e afastamento de esgoto, 100% de tratamento do esgoto coletado e temos melhorado significativamente os números sobre perdas. Conforme ranking do saneamento básico, divulgado pelo Trata Brasil, com dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), Ribeirão subiu da 37ª para a 32ª posição nos dados de qualidade de gestão que estamos conquistando.  
 
Quando a questão é perda total de água – que inclui vazamentos, furtos de água e subfaturamento – a resposta encontrada é a implantação do Programa de Gestão, Controle e Redução de Perdas que, desde 2019, levou à redução significativa do índice de perdas no sistema. Chegamos em 2022 com 43,62% de perdas, contra 62% em 2016. A melhoria do índice se deu em função de vários fatores, como a substituição de redes de água, troca de hidrômetros e fiscalização firme contra fraudes que resultam em furto de água. 
 
Com o Programa de Gestão de Perdas, que tem investimentos de quase R$150 milhões, financiados junto à Caixa Econômica Federal, a Saerp tem como objetivo reduzir os índices de perdas para cerca de 30% até o final deste ano. O programa em implantação prevê a perfuração de novos poços e construção de novos reservatórios, assim como a instalação de novas redes de distribuição de água. 
 
Ao final das obras, todo o abastecimento será setorizado e feito por gravidade. A água irá dos poços para os reservatórios e destes irão para a rede, permitindo melhor gestão da vazão, o que evita perdas por vazamentos provocados por alta pressão. Por isso o Programa de Controle de Perdas projetou 64 quilômetros de adutoras, perfuração de mais de seis novos poços, construção de 12 reservatórios e manutenção permanente do parque de hidrômetros, com substituição dos mais antigos que perderam a capacidade de medição. 
 
Além dos investimentos que estão sendo realizados, com obras já entregues, nosso planejamento é garantir a segurança hídrica no futuro e melhorar a gestão do abastecimento, com o Projeto Básico do Rio Pardo, uma fonte alternativa de distribuição para complementar o fornecimento de água de Ribeirão Preto, e o Estudo de Resiliência do Aquífero Guarani, para avaliar a real situação dessa fonte subterrânea que temos utilizado até os dias de hoje. Nosso foco não é apenas manter os bons índices que temos no presente, mas assegurar que eles permanecerão, para o conforto de todos os habitantes de nossa cidade. 
 
* Prefeito de Ribeirão Preto   

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