A produção industrial cresceu em cinco dos 15 locais pesquisados em março ante fevereiro, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, 9 de maio. Na média global, cresceu 0,9% na passagem de mês.
Em São Paulo, maior parque industrial do país, houve uma retração de 0,4%. Esta foi a segunda queda consecutiva na produção local. Nos últimos quatro meses, na série com ajuste sazonal, a indústria paulista teve retração em três: dezembro de 2023 (-1,7%); fevereiro (-0,2%); e março (-0,4%), sendo janeiro a exceção, com alta de 1,0%.
A indústria de São Paulo responde por cerca de um terço de toda a produção industrial nacional. Os demais recuos ocorreram no Amazonas (-13,9%), Paraná (-13,0%), Ceará (-7,7%), Pernambuco (-4,8%), Espírito Santo (-4,7%), Minas Gerais (-2,4%), Rio de Janeiro (-2,1%), Região Nordeste (-1,8%) e Goiás (-1,4%).
Na direção oposta, houve crescimento no Pará (3,8%), Mato Grosso (2,5%), Santa Catarina (2,3%), Bahia (0,5%) e Rio Grande do Sul (0,1%). A produção industrial operava em março em nível superior ao de fevereiro de 2020, no pré-pandemia de covid-19, em sete dos 15 locais pesquisados.
Os parques industriais que superaram o pré-covid foram Mato Grosso (17,0% acima do pré-pandemia), Rio de Janeiro (10,3% acima), Minas Gerais (10,1% acima), Goiás (9,3% acima), Amazonas (4,8% acima), Santa Catarina (3,9% acima) e Rio Grande do Sul (2,9% acima).
Na média nacional, a indústria brasileira operava em patamar 0,4% acima do pré-crise sanitária. Os locais com nível de produção aquém do pré-covid foram São Paulo (-0,5%), Pernambuco (-9,3%), Espírito Santo (-9,4%), Paraná (-10,6%), Pará (-12,4%), Ceará (-13,5%), Nordeste (-18,7%) e Bahia (-20,3%).
A produção industrial recuou em onze dos 18 locais pesquisados em março de 2024 ante março de 2023. “Vale citar que março de 2024 (20 dias) teve 3 dias úteis a menos do que igual mês do ano anterior (23)”, lembrou o IBGE. Em São Paulo, houve retração de 1,6%.
As demais perdas ocorreram no Paraná (-12,6%), Amazonas (-10,9%), Pernambuco (-6,3%), Região Nordeste (-5,7%), Mato Grosso do Sul (-4,3%), Minas Gerais (-3,6%), Bahia (-3,4%), Santa Catarina (-2,6%), Rio Grande do Sul (-2,1%) e Maranhão (-1,8%).
Na direção oposta, houve avanços no Rio Grande do Norte (16,3%), Goiás (7,0%), Espírito Santo (4,0%), Rio de Janeiro (3,1%), Mato Grosso (2,1%), Pará (2,0%) e Ceará (0,5%). Na média global, a indústria nacional recuou 2,8% em março de 2024 ante março de 2023.
“Observamos que mesmo com uma política monetária um tanto expansionista, com corte na taxa de juros e número de contratações aumentando um pouco, ainda temos um cenário de conjuntura que se reflete na cadeia produtiva’, diz Bernardo Almeida, analista da pesquisa do IBGE, em nota oficial.
“Por mais que a taxa de juros tenha sofrido cortes, observamos ainda patamares elevados, o que relativamente nos dá uma linha de crédito menos encarecida, mas ainda estreita, devido a juros em patamares elevados, o que acarreta certa cautela na produção industrial”, justifica.
Jorge Adorno/Reuters
Em São Paulo, maior parque industrial do país, houve uma retração de 0,4%