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Trimestre deve gerar 32 mil empregos em RP

Projeção do IEMB-Acirp estima abertura de 32.149 postos de trabalho de abril a junho ante 28.008 no mesmo período de 2023 

Estudo aponta a abertura de 32.149 postos de trabalho entre os meses de abril e junho, 4.141 a mais do que no mesmo período do ano passado (Marcelo Camargo/Ag.Br.)

Ribeirão Preto deve ter um crescimento de 14,79% nas vagas de emprego neste segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior. A projeção, feita pelo Instituto de Economia Maurílio Biagi (IEMB) da Associação Comercial e Industrial (Acirp), tem como base os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). 
 
O estudo aponta a abertura de 32.149 postos de trabalho entre os meses de abril e junho, 4.141 a mais do que no mesmo período do ano passado, quando foram criadas 28.008 novas vagas. No que se refere a demissões, o levantamento estima o desligamento de 27.930 trabalhadores, volume 5,75% superior ao de 2023, de 26.324. São 1.606 dispensas a mais.  
 
“Em termos líquidos, espera-se que o mercado de trabalho de Ribeirão Preto gere 4.219 vagas nesse período, um crescimento de 163% e 5,6% em comparação à mesma época de 2023 e ao primeiro trimestre de 2024, respectivamente”, afirma Lucas Ribeiro, analista do IEMB-Acirp 
 
No primeiro trimestre de 2024 o saldo foi de 3.926 novas carteiras de trabalho assinadas (39.234 contratações e 35.308 rescisões). Se a projeção do IEMB se confirmar, o superávit de 4.219 será 7,46% superior ao resultado obtido entre janeiro e março, 293 carteiras assinada a mais 
 
Sobre as vagas temporárias, o estudo mostra uma contração, projetando que 1.252 novas vagas sejam criadas ante o encerramento de 1.470 contratos. Isso significa 218 trabalhadores a menos e retração de 14,83%, enquanto o saldo de empregos temporários no mesmo período do ano passado ficou positivo em 137 contratos. 
 
Para os pesquisadores, os dados indicam uma diluição do choque da pandemia de coronavírus. “O mercado de trabalho definitivo tem crescido de forma mais acelerada que o temporário, o que sugere uma melhora na qualidade das relações de trabalho. No entanto, o aumento de vagas no primeiro mercado não significa necessariamente melhoria na qualidade da mão de obra contratada”, diz o analista.  
 
Uma das preocupações dos especialistas é que a baixa produtividade (devido a condições sistêmicas) não garanta para a cidade um crescimento econômico sustentável a longo prazo, repetindo o panorama constatado também no cenário nacional e que tem sido debatido pelo Banco Central.  
 
“Crescimento econômico a longo prazo está associado a fatores como investimento em capital humano e capital físico. Em Ribeirão, verifica-se uma queda na qualidade da mão de obra, indicada pela redução no salário médio, de modo que, somado aos índices preocupantes de inadimplência, cria-se um cenário árido para o crescimento econômico de longo prazo”, avalia Ribeiro.    
 
Segundo dados de março do Caged do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgados na última terça-feira, 30 de abril, a economia de Ribeirão Preto fechou o terceiro mês do ano com superávit de 1.132 empregos com carteira assinada, fruto de 13.196 admissões e 12.064 demissões.  
 
Porém, apesar do saldo positivo, desacelerou 42,65% na comparação com o saldo de 1.974 vagas abertas em fevereiro resultado de 13.375 contratações e 11.401 rescisões. São 842 postos de trabalho a menos, segundo o Caged do Ministério do Trabalho.  
 
Em comparação com março do ano passado, quando o superávit foi de 1.173 trabalhadores admitidos 13.081 admissões e 11,908 demissões , houve certa estabilidade, com leve queda de 3,50%. São 41 vagas com carteira assinada a  menos, indica o Ministério do Trabalho.  
 
No ano Em doze meses, o superávit é de 7.633 novos postos de trabalho, fruto de 139.964 contratações e 132.331 rescisões. Nos doze meses anteriores, o saldo foi de 11.147 trabalhadores contratados, resultado de 135.015 admissões e 123.868 demissões. A queda chega a 31,52%. São 3.514  carteiras assinadas a menos.  
 
O comércio fechou março com saldo positivo de 341 postos de trabalho, fruto de 3.744 admissões e 3.403 demissões. No primeiro trimestre, contratou 10.711 e dispensou 10.108, superávit de 603. No ano passado, contratou 36.562 e dispensou 35.482, superávit de 1.080.  
 
O setor de serviços registrou 7.381 contratações e 6.558 rescisões em março, superávit de 823 empregos formais. Nos três primeiros meses, contratou 21.827 e dispensou 19.799, superávit de 2.028. Em 2023, admitiu 77.544 e demitiu 73.402, superávit de 4.142.  
 

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