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Cesta básica cai para R$ 679

Após cinco aumentos consecutivos, o preço da cesta básica em Ribeirão Preto registrou deflação de 3,34% em março e de 1,59% em abril, chegando a R$ 668,23 

O preço da banana nanica caiu -18,16%, maior queda do mês (Alfredo Risk)

Após cinco aumentos consecutivos, o preço da cesta básica em Ribeirão Preto registrou a segunda deflação seguida em abril, de 1,59% na comparação março, após recuar de 3,34% no mês anterior. Caiu de R$ R$ 679 para R$ 668,23, desconto de R$ 10,77.  
 
Em fevereiro, o preço do pacote de itens essenciais superou a barreira de R$ 700 pela primeira vez desde o início da série histórica, em maio do ano passado. Passou de R$ 675,74 em janeiro para R$ 702,46, acréscimo de R$ 26,72 e alta de 3,95%.  
 
O percentual de aumento em fevereiro (3,95%) também é o mais elevado da série até agora. A cidade abriu 2024 com reajuste de 3,89% em janeiro ante dezembro, quando o pacote de alimentos essenciais custava R$ 650,42, aporte de R$ 25,32. Em novembro, custava R$ 630,83.  
 
Ou seja, encerrou o ano passado com alta de 3,11% e despesa de mais R$ 19,59 para o consumidor. Em setembro chegou a R$ 590,32 – menor valor registrado desde maio, quando o Índice Mensal passou a ser divulgado pela Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp).  
 
Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 30 de abril. A coleta ocorreu no dia 19. Os analistas da Acirp percorreram 15 estabelecimentos: onze supermercados/hipermercados e quatro panificadoras distribuídas entre as cinco regiões da cidade. 
 
Custava R$ 612,02 em outubro, R$ 610,98 em agosto, R$ 645,33 em julho, R$ 679,67 em junho e R$ 672,82 em maio. O acumulado em 2023 foi de 0,91% em oito meses. Neste primeiro quadrimestre de 2024, ainda está em 4,28%, ante 4,96% até março.  
 
O levantamento é feito pelo Instituto de Economia Maurílio Biagi (IEMB-Acirp) do Departamento de Relações Jurídicas e Institucionais, braço econômico da Acirp, e não tem caráter fiscalizador. A deflação do mês é atribuída pelos pesquisadores à suavização dos efeitos climáticos do El Niño sobre a produção alimentar.  
 
“Por conseguinte, para os próximos meses espera-se uma redução no preço de produtos como arroz, feijão, milho, trigo e mandioca frente às expectativas do governo federal para o lançamento do novo Plano Safra, com ampliação das linhas de crédito e contratos de opção”, afirma Livia Piola, analista do IEMB-Acirp 
 
O grupo alimentar que mais pesa sobre as despesas do ribeirão-pretano, com 36,91% do valor total da cesta, é o da carne, que em maio do ano passado consumia 40% da renda familiar. Frutas e legumes absorvem 28,47% do orçamento, seguidos dos farináceos (20,21%), laticínios (6,24%), leguminosas (4,85%), cereais (2,59%) e óleos (0,72%). 
 
Em relação ao poder de compra, considerando uma remuneração de R$ 1.412 (salário mínimo), deduzidos 7,52% de descontos da Previdência Social, tem-se que o piso líquido é na ordem de R$ 1.305,82, de tal modo que um trabalhador de média idade comprometeria cerca de 51,17% de sua renda apenas com gastos alimentares. Era de 52% em março e 53,79% em fevereiro 
 
A queda foi de 0,83 ponto percentual em um mês. Em carga horária, equivale a trabalhar 112,58 horas das 220 previstas na jornada do assalariado só para comprar comida, 3,95 horas a menos do que em fevereiro era de 114,4 no mês anterior. O reajuste de 6,97%do salário-mínimo ajudou a minimizar o impacto.  
 
Os itens com maior impacto no preço final da cesta básica em Ribeirão Preto foram a banana nanica (-18,16%) e a farinha de trigo (-10,84%), seguidas de batata inglesa (-8,48%), tomate italiano (-8,46%) e açúcar cristal (7,10%). O feijão carioca recuou 4,10%.  
 
Na outra ponta, o quilo da alcatra subiu 6,22, seguida do arroz branco tipo 1 (2,90%), café em pó (2,58%), margarina com sal (2,33%) e pão francês (202%). O estudo aponta ainda que da região com menor custo para a mais cara, o consumidor pode chegar a gastar até R$ 104,05 a mais pela compra dos mesmos 13 itens básicos. 
 

Cesta básica é mais cara na região Central
Depois de perder o posto para a região Leste em março, a Central voltou a ter o kit mensal de alimentos mais caro de Ribeirão Preto. Em abril, aparece no topo da lista com valor médio de R$ 723,70, contra R$ 707,22 do mês anterior, queda de 2,33% e desconto de R$ 16,48.

A Zona Norte tem a cesta básica mais barata da cidade, apesar da alta de 0,21% em relação a março, passando de R$ 567,38 para R$ 619,65, abatimento de 52,27. Na Zona Leste, recuou de R$ 736,89 para R$ 667,69, queda de 9,39% e desconto de R$ 69,20.

Na região Oeste de Ribeirão Preto, o valor da cesta básica de alimentos recuou 2,56% na passagem de março para abril, de R$ 648,61 para R$ 632,02, abatimento de R$ 16,59. A Zona Sul também teve queda de 2,14%, de R$ 720,38 para R$ 704,97, menos R$ 15,41.

Dados do estudo – A cesta utilizada baseia-se no decreto lei nº 399, que regulamenta o salário mínimo brasileiro e apresenta o tipo e a quantidade de alimentos de acordo com a região administrativa brasileira. O custo médio total de uma cesta de consumo alimentar capaz de atender as necessidades energéticas e nutricionais de um indivíduo em idade representa para o índice da Acirp o marco da linha de indigência na cidade.

A lista inclui alcatra bovina (6 kg), leite longa vida (7,5 litros), feijão carioca (4,5 quilos), arroz branco tipo 1 (3 quilos), farinha de trigo (1,5 quilo), batata inglesa (6 quilos), tomate italiano (9 kg), pão francês (6 kg), café em pó (0,6 kg), banana nanica (90 unidades), óleo de soja (0,8 litro), açúcar cristal (3 kg) e margarina (0,75 kg).

Os locais de compra são determinados com base na Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2017-2018. O pão francês é o único item cotado também em padarias, uma vez que 60% dos ribeirão-pretanos preferem comprar este produto nestes estabelecimentos.  

 

 

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