O Brasil superou a barreira de 3,5 milhões de casos de dengue e 1.600 vítimas fatais. Desde o início do ano, já são 3.535.314 contágios e 1.601 mortes confirmadas pela doença, segundo o Ministério da Saúde. Outros 2.061 óbitos estão em investigação. O coeficiente de incidência no país, neste momento, é de 1.741 ocorrências para cada grupo de 100 mil habitantes – acima de 300 já é epidemia.
A taxa de letalidade é de 0,05 no geral e de 4,35 em casos graves, a pior epidemia em 24 anos. O número de casos registrados em menos de quatro meses de 2024 é o maior da história. Supera em 113,12% os 1.658.816 de todo o ano passado, 1.876.498 a mais, o dobro. Quebrou o recorde de óbitos de 2023, de 1.079, o maior da série histórica iniciada em 2000.
Os dados são do Painel de Monitoramento das Arboviroses, divulgados nesta sexta-feira, 19 de abril, pelo do Ministério da Saúde. Do total de casos, 36.815 são graves ou com sinais de alarme. No balanço anterior eram 3.507.062 ocorrências no país – são 28.252 a mais –, também 1.727,1 por grupo de 100 mil habitantes.
O país somava 1.544 mortes em decorrência da doença transmitida pelo Aedes aegypti e 2.085 estavam em investigação. Entre os casos prováveis, 55,2% são de mulheres e 44,8% de homens. A faixa etária dos 20 aos 29 anos responde pelo maior número de ocorrências de dengue no país (667.954), seguida pelo grupo de 30 a 39 anos (562.986) e de 40 a 49 anos (528.386).
Os principais sintomas relacionados à dengue são febre alta de início repentino, dor atrás dos olhos, mal estar, prostração e dores no corpo. O vírus da dengue pode ser transmitido ao homem principalmente pela picada de fêmeas de Aedes aegypti infectadas.
Ribeirão Preto tem 14.402 casos de dengue neste ano, além de 27.209 sob investigação. São 2.097 a mais que os 12.305 de 2023 inteiro, aumento de 17,04% em menos de quatro meses. Seis mortes já foram confirmadas em 2024, segundo a Secretaria Municipal da Saúde.