Por Redação O Estado de S. Paulo
O ministro de Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, afirmou ter enviado cartas para 32 países solicitando sanções ao projeto de mísseis iranianos e para que o Corpo da Guarda Revolucionária seja declarado como uma organização terrorista por outros países. Pedido feito nesta terça-feira, 16, faz parte de uma “ofensiva diplomática” contra o Irã a fim de enfraquecer o país, segundo o ministro.
“O Irã deve ser parado agora, antes que seja tarde demais”, disse Katz, em anúncio que ressaltou a resposta militar aos mísseis iranianos direcionados ao país no fim de semana.
Dentre os países aos quais a solicitação política foi direcionada estão os Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Japão, Canadá, França, Itália, Índia e Austrália.
O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, disse que seu país responderia “severamente” à “menor ação” de Israel contra “os interesses do Irã”, de acordo com uma declaração emitida por seu gabinete na terça-feira.
“Agora, declaramos firmemente que a menor ação contra os interesses do Irã provocará uma resposta severa, extensa e dolorosa contra todos os seus perpetradores”, disse Raisi durante uma conversa telefônica com o emir do Qatar, Tamim ben Hamad Al Thani, na noite de segunda-feira.
Referindo-se ao ataque do fim de semana, o primeiro a partir do território iraniano contra Israel, Raisi disse que Teerã exerceu “seu direito de autodefesa”.
O ataque do Irã no sábado foi, segundo Teerã, uma resposta ao assassinato por Israel de um general iraniano sênior em um edifício diplomático iraniano em Damasco, Síria. Israel não confirmou nem negou o envolvimento.
O chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel, tenente-general Herzi Halevi, deu a confirmação na segunda-feira, 15, mais clara até agora de um contra-ataque ao Irã, apesar da pressão internacional por contenção. Ele não deixou claro, no entanto, qual a forma essa resposta assumirá.