As importunações sexuais teriam ocorrido entre Serrana e Ribeirão Preto
Uma pedagoga, 23, registrou nesta quinta-feira ( 28), denúncia de importunação sexual na delegacia de Polícia Civil de Serrana, e detalhou o que ocorreu no interior de um ônibus intermunicipal na terça-feira (12), entre Serrana e Ribeirão Preto, através de redes sociais.
Seis mulheres com relatos parecidos, envolvendo o mesmo homem suspeito, também contaram seus constrangimentos na postagem.
Outros dois boletins de ocorrência foram registrados e, serão investigados pela DIG daquela cidade ,sob comando do delegado José Augusto Franzini.
Na versão da primeira vítima, como agora está sendo considerada a série de importunações sexuais, um homem, com idade presumida entre 40 e 50 anos, teria agido com as luzes apagadas durante o trajeto, por volta das 20h30, para se masturbar ao lado da mulher. A suposta vítima contou que “estava no acento da janela, distraída, quando o homem entrou no último ponto de Serrana e sentou perto de mim. Percebi que a perna dele encostou na minha e até pensei que poderia ser deficiente. Só depois que entendi o que estava acontecendo”, comentou.
A denunciante também disse que tentou mudar de assento, mas sua iniciativa foi impedida pelo importunador com um braço.
Ela, então, decidiu gravar imagens com seu celular.
A pedagoga desabafou dizendo que ficou “sem reação e com medo dele estar com alguma arma branca, tipo faca, canivete o outro instrumento perfurou cortante. Tentei gravar, mas o homem estava com uma pasta na frente. Por isso, adiantei um ponto de descida em Ribeirão, onde visitaria uma amiga, e deixei o ônibus na mini rodoviária. Mas, ele também”, afirmou.
Tentou, já desesperada, ficar no local onde estavam outras pessoas. Logo depois, o suspeito foi embora.
Ainda chocada, e com receio de comentários inoportunos, decidiu que precisava agir e procurou a Delegacia de Defesa da Mulher.
E postou, relatando o que passou, em redes sociais, considerando que ” ele entrou já com a intenção, por conta da tranquilidade de tudo o que fez. Isso me deu certeza que havia mais vítimas e que eu deveria procurar ajuda. Espero que ele pague pela perturbação que causa. E peço para as mulheres não se calarem”, insistiu.
O suspeito, confirmada sua transgressão, poderá responder por importunação sexual, aprovada pelo Congresso Nacional e vigorando desde o ano passado, e ser condenado de 1 a 5 anos de reclusão . O crime é descrito como ato libidinoso na presença de outrem.