Tribuna Ribeirão
Economia

Mercado projeta inflação de 3,89%

WILSON DIAS/AG.BR.

Os economistas do mer­cado financeiro mantiveram a previsão para o Índice Na­cional de Preços ao Consumi­dor Amplo (IPCA) em 2019 e 2020. O Relatório de Mercado Focus, divulgado na manhã desta segunda-feira, 25 de mar­ço, pelo Banco Central (BC), mostra que a mediana para o indexador oficial da inflação este ano seguiu com alta de 3,89%. Há um mês, estava em 3,85%. A projeção para o índi­ce em 2020 seguiu em 4,00%. Quatro semanas atrás, estava no mesmo nível.

O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2021, que seguiu em 3,75%. No caso de 2022, a expectati­va também permaneceu em 3,75%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,75% para ambos os casos. A proje­ção dos economistas para a in­flação está abaixo do centro da meta de 2019, de 4,25%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto percentual (índice de 2,75% a 5,75%). Para 2020, a meta é de 4%, com margem de 1,5 ponto (de 2,50% a 5,50%). No caso de 2021, a meta é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%).

Preços administrados
O relatório do BC indicou uma leve alteração na projeção para os preços administrados em 2019. A mediana das pre­visões do mercado financei­ro para o indicador este ano passou de alta de 4,94% para elevação de 4,95%. Para 2020, a mediana seguiu com alta de 4,30%. Há um mês, o mercado projetava aumento de 4,90% para os preços administrados em 2019 e elevação de 4,35% em 2020. As projeções atuais do BC, no cenário de mercado, indicam elevações de 5,1% em 2019 e 3,9% em 2020.

Produto Interno Bruto
A estimativa para a expan­são do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – caiu de 2,01% para 2% neste ano. Foi a quarta redu­ção consecutiva. Para 2020, a estimativa de crescimento do PIB caiu de 2,80% para 2,78. As projeções de crescimento do PIB para 2021 e 2022 per­manecem em 2,50%.

Taxa de juros
Para controlar a inflação e alcançar a meta, o BC usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic. Para o mercado financeiro, a Selic deve permanecer no seu mínimo his­tórico de 6,5% ao ano, até o fim de 2019. Na semana passada, o Comitê de Política Monetá­ria (Copom) do BC optou por manter a Selic em 6,5% ao ano.

Para o fim de 2020, a pro­jeção para a taxa caiu de 7,75% ao ano para 7,50%. Para o final de 2020 e 2021, a expectativa permanece em 8% ao ano. A Selic, que serve de referência para os demais juros da eco­nomia, é a taxa média cobrada nas negociações com títulos emitidos pelo Tesouro Nacio­nal, registradas diariamente no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic).

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