Tribuna Ribeirão
Cultura

Restaurado, painel de Tarsila será exposta no Centro Cultural São Paulo

Foto: Nilton Fukuda/Estadão
Por Eduardo Gayer, Especial para o Estado

Em um país de tradição católica como o Brasil, o feriado de Corpus Christi tem importância histórica. Procissões sobre tapetes coloridos costumam marcar a data, que celebra o corpo e o sangue de Cristo. 

Foi tal costume religioso que perpassou os séculos que inspirou a pintora Tarsila do Amaral a criar o painel Procissão, pintado a óleo, e agora restaurado. Ele será reinaugurado nesta sexta-feira, 22, no Centro Cultural São Paulo, dentro do contexto do mês da mulher. A iniciativa foi patrocinada pelo Art Conservation Program. 

A obra foi criada especialmente para a Exposição Histórica de São Paulo, que em 1954 inaugurou a Oca, projeto de Oscar Niemeyer no Parque do Ibirapuera, em comemoração do quarto centenário da capital. De grandes dimensões – 2,52 metros por 7,04 metros -, pertence à Coleção de Arte da Cidade de São Paulo (antiga Pinacoteca Municipal) e representa uma procissão de Corpus Christi do século 18.

A crítica e curadora de arte Aracy Amaral, em seu livro Tarsila – Sua Obra e Seu Tempo, situa Procissão na carreira da artista. “E estudando a paisagem que já tanto pintara, Tarsila, aos poucos, se encaminha para uma fase que denominamos, a partir de 1950, de ‘neopau-brasil’: povoados, casario, paisagens do interior” (Amaral, 1975, pág. 355).

Com o uso de cores vivas, foi o último painel de Tarsila. “Pela primeira vez, embora agora numa fase de estilização convencional num colorido muito seu, embora menos vibrante e mais suavizado, Tarsila se vê num trabalho mural.”

Autora de Abaporu, pintura brasileira mais valorizada do mundo das artes, Tarsila do Amaral é figura central da primeira fase do movimento modernista do Brasil. Nascida em 1.º de setembro de 1886, em Capivari, interior de São Paulo, foi uma das responsáveis pela Semana de Arte Moderna de 1922, que revolucionou a arte brasileira. Morreu aos 86 anos, no dia 17 de janeiro de 1973, na capital paulista. 

A mostra

Procissão permanece em exposição no Centro Cultural São Paulo (Rua Vergueiro, 1.000) de 22 de março a 5 de maio, de terça a domingo, das 10h às 22h. A entrada é gratuita.

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Foi tal costume religioso que perpassou os séculos que inspirou a pintora Tarsila do Amaral a criar o painel Procissão, pintado a óleo, e agora restaurado. Ele será reinaugurado nesta sexta-feira, 22, no Centro Cultural São Paulo, dentro do contexto do mês da mulher. A iniciativa foi patrocinada pelo Art Conservation Program. 

A obra foi criada especialmente para a Exposição Histórica de São Paulo, que em 1954 inaugurou a Oca, projeto de Oscar Niemeyer no Parque do Ibirapuera, em comemoração do quarto centenário da capital. De grandes dimensões – 2,52 metros por 7,04 metros -, pertence à Coleção de Arte da Cidade de São Paulo (antiga Pinacoteca Municipal) e representa uma procissão de Corpus Christi do século 18.

A crítica e curadora de arte Aracy Amaral, em seu livro Tarsila – Sua Obra e Seu Tempo, situa Procissão na carreira da artista. “E estudando a paisagem que já tanto pintara, Tarsila, aos poucos, se encaminha para uma fase que denominamos, a partir de 1950, de ‘neopau-brasil’: povoados, casario, paisagens do interior” (Amaral, 1975, pág. 355).

Com o uso de cores vivas, foi o último painel de Tarsila. “Pela primeira vez, embora agora numa fase de estilização convencional num colorido muito seu, embora menos vibrante e mais suavizado, Tarsila se vê num trabalho mural.”

Autora de Abaporu, pintura brasileira mais valorizada do mundo das artes, Tarsila do Amaral é figura central da primeira fase do movimento modernista do Brasil. Nascida em 1.º de setembro de 1886, em Capivari, interior de São Paulo, foi uma das responsáveis pela Semana de Arte Moderna de 1922, que revolucionou a arte brasileira. Morreu aos 86 anos, no dia 17 de janeiro de 1973, na capital paulista. 

A mostra

Procissão permanece em exposição no Centro Cultural São Paulo (Rua Vergueiro, 1.000) de 22 de março a 5 de maio, de terça a domingo, das 10h às 22h. A entrada é gratuita.

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