Ainda de ressaca por causa das festas natalinas e do Réveillon, com um punhado de motoristas embriagados provocando acidentes com vítimas na cidade e na região – algumas fatais –, Ribeirão Preto começou 2019 com cinco mortes em decorrência de acidentes de trânsito, diz o Movimento Paulista de Segurança no Trânsito (Infosiga-SP), uma a cada seis dias. O balanço de janeiro foi divulgado nesta semana.
A quantidade de óbitos na malha viária de Ribeirão Preto – tem 1,5 mil quilômetros de ruas, avenidas, travessas e alamedas pavimentadas – ficou estável em relação a janeiro do ano passado, quando a cidade também registrou cinco mortes. Nos primeiros 31 dias de 2019, a grande maioria das vítimas fatais é de motocicletas: quatro, ou 80% do total. A outra estava de carro (20%). Todos são do sexo masculino.
Em janeiro do ano passado, dois homens e três mulheres morreram nas vias da cidade. Duas das vítimas estavam de moto (40%), um era ciclista (20%), um pedestre (20%) e um caso não foi identificado (20%). Em 2019, três das principais causas de óbitos no trânsito não foram definidas. Duas pessoas morreram em colisão e choque. No mesmo mês de 2018, houve um atropelamento, uma colisão, dois choques e um caso sem definição.
Segundo o Infosiga-SP, Ribeirão Preto fechou o ano passado com 92 mortes decorrentes de acidentes de trânsito. Somente em dezembro foram registrados cinco óbitos, um a cada seis dias. Os números alarmantes, no entanto, são semelhantes aos de 2017, quando 93 pessoas morreram na malha viária da cidade, uma vítima fatal a menos em 2018, queda de 1,07%.
Junho e agosto foram os meses mais violentos, com 16 e 15 vítimas fatais, respectivamente, indica o balanço anual. No ano passado, em Ribeirão Preto, foram cinco óbitos em dezembro, novembro, quatro em outubro, seis em setembro, 15 em agosto, oito em julho, 16 em junho, nove em maio, cinco em abril, seis em março, oito em fevereiro e cinco janeiro. O município registrou quase oito mortes por mês (7,6), uma a cada quatro dias, em média.
Pedestres, motociclistas e ciclistas foram as principais vítimas e representam 80,4% dos casos (74). Dentre as 92 vítimas fatais, 68 eram homens (73,9%) e 24 mulheres (26,1%) – no mesmo período de 2017 foram 79 do sexo masculino (84,9%) e 14 do feminino (15,1%). Em 2018, 44 motociclistas morreram nas ruas e avenidas de Ribeirão Preto, mesmo número de óbitos do período anterior. Representam 47,8% do total do ano passado. A média é de uma morte a cada oito dias.
A quantidade de pedestres mortos na malha viária de Ribeirão Preto caiu 9,1%, baixou de 22 em 2017 para 20 em 2018, duas mortes a menos. Representa 21,7% do total de óbitos. Os acidentes fatais envolvendo ciclistas ficaram estáveis, com leve alta de 1,1%, passando de nove para dez, um a mais. A média atual é de uma morte a cada 36 dias. Representa 10,82% do total.
Menos mortes de jovens motociclistas
Em 2018, Ribeirão Preto reduziu em 42,1% as mortes no trânsito envolvendo motociclistas de 18 a 29 anos. A estatística é do Movimento Paulista de Segurança no Trânsito (Infosiga-SP). Em 2017, as vias municipais registraram 19 óbitos deste tipo e desta faixa etária. Já no ano passado, a cidade registrou uma diminuição na quantidade de vítimas fatais nesta faixa etária, em acidentes com motocicletas nas ruas e avenidas, quando houve onze óbitos, oito a menos.
A redução pode estar relacionada às ações de conscientização desenvolvidas pela Empresa de Trânsito e Transporte Urbano (Transerp) ao longo dos últimos 12 meses. O destaque é o projeto Habilita Seguro, criado em 2018, que tem como foco jovens da faixa etária analisada na estatística. Somente no primeiro ano do projeto, mais de 1.020 alunos foram alcançados.