A Vale apresentou nesta sexta-feira(8) uma proposta para indenização aos familiares dos trabalhadores vítimas do rompimento da barragem da mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG). Os termos foram levados em reunião de negociação com o Ministério Público do Trabalho (MPT), em Belo Horizonte. Por danos morais, a Vale propõe indenizações de acordo com o parentesco em relação aos funcionários que foram vítimas do rompimento. Os maiores valores são de R$ 300 mil, para cônjuges ou companheiros, e para cada filho. Para pai e mãe, indenização de R$ 150 mil para cada um, e para irmãos, R$ 75 mil para cada. Por danos materiais, a Vale propôs o pagamento mensal do correspondente a 2/3 de um salário mensal líquido do trabalhador até a data em que ele completaria 75 anos. Para os empregados, a Vale propõe garantia de emprego ou salário até o final deste ano. A proposta prevê ainda a cobertura dos custos com plano médico para familiares dos trabalhadores próprios e terceirizados, no regime de credenciamento, com abrangência no Estado de Minas, sendo vitalício para aqueles que tiveram cônjuges ou companheiros mortos na tragédia, e até os 22 anos para os dependentes. A Vale afirma que as negociações estão em andamento, mas que após a reunião assumiu alguns compromissos de imediato, como a garantia de emprego e plano médico, atendimento psicológico aos trabalhadores até alta médica, auxílio-creche de R$ 920 para os filhos de até 3 anos de idade dos trabalhadores, e auxílio-educação de R$ 998 para os filhos até completarem 18 anos. Até a noite de ontem, estava em 157 o número de mortos pelo rompimento da barragem. Havia ainda 182 desaparecidos, segundo informou a Defesa Civil de Minas Gerais, e 133 desabrigados. Nesta sexta-feira, cerca de 500 moradores do município mineiro de Barão de Cocais foram retirados de suas casas na manhã desta sexta-feira, 8. A evacuação ocorreu depois que soou uma sirene que monitora barragem Sul Superior da Mina do Gongo Soco, também da Vale.