Tribuna Ribeirão
Política

Maia valoriza possuir ‘capacidade de votação’

Favorito para vencer a eleição para a Presidência da Câmara, o atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM -RJ), aproveitou a abertura do Encontro Parlamentar da 56ª Legislatura, realizado na ma­nhã desta quinta-feira, 31, para fazer campanha para a eleição da Mesa Diretoria que será rea­lizada nesta sexta-feira (1).

Em discurso aos novos par­lamentares, Maia foi explícito ao pedir apoio para a sua reelei­ção. “Estou aqui hoje para pe­dir esse apoio, o voto, para que em conjunto todos nós, com pensamentos divergentes, pos­samos daqui a quatro anos ter representado bem essa expec­tativa e sonho que vem hoje da sociedade brasileira e que vem lastreado pelo mandato de cada um de nós”, disse.

Depois, a jornalistas, Maia contemporizou o pleito, mas fez questão de divulgar suas quali­dades. “Aqui não tem deputado pior ou melhor. Um que mere­ça ou não mereça ser presidente da Câmara. Cada um tem o seu perfil. Eu tenho o meu perfil, que o Parlamento e o Brasil e o mundo já conhecem. Equilíbrio, capacidade de diálogo, de con­versar com todas as correntes político-ideológicas e construir no plenário um mínimo de ca­pacidade de votação. Vivemos um momento de alguma radi­calização”, disse.

Maia conta com um am­plo apoio partidário o que poderá lhe render a vitória ainda no primeiro turno da disputa. Dezessete partidos já declararam apoio ao demista: PSD, PRB, PSDB, Pros, PPS, Podemos, PSC, DEM, PSL, Avante, PDT, PCdoB, MDB, PP, PTB, PR e Solidariedade.

Questionado sobre se está tranquilo com este cenário, Maia respondeu que o importante é a relação pessoal com cada depu­tado “O apoio dos partidos é im­portante. É uma honra receber cada um dos apoios, a confiança de cada um, mas isso não garan­te nenhum voto no plenário. O que garante voto é a capacidade, minha, de olhando no olho, pe­dir o voto e os motivos por que votar em mim”, finalizou.

Avulsos
Candidaturas avulsas para a composição da Mesa Diretora da Câmara podem atrapalhar acordos costuradas por Rodri­go Maia (DEM-RJ) para sua reeleição. Maia deve fechar na sexta-feira, 1º, um bloco com até nove partidos que pleiteiam posições específicas na Mesa da diretora da Casa. Ao PSL, por exemplo, está prometida a Segunda Vice-Presidência.

O bloco define qual partido fica com qual cargo na Mesa, de acordo com a proporcio­nalidade que leva em conta a soma das bancadas. No entan­to, o regimento permite que qualquer partido dentro do bloco possa concorrer aos car­gos designados.

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